Diário de Notícias

Auchan vai investir 90 milhões em Portugal até 2019

Grupo francês anuncia o desapareci­mento das marcas Jumbo e Pão de Açúcar e a abertura de 30 novas lojas My Auchan. Mudança coincide com a chegada da Mercadona

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ILÍDIA PINTO A Auchan vai investir 90 milhões de euros em Portugal até 2019, um mercado onde pretende abrir 30 a 40 lojas ao ano e que permitirão criar 500 novos postos de trabalho. A aposta é no formato de proximidad­e, com a insígnia My Auchan, sendo que 60% do investimen­to ontem anunciado para os próximos dois anos se destinam à reformulaç­ão dos 33 hipermerca­dos Jumbo e Pão de Açúcar que o grupo francês tem em Portugal e que passarão a ostentar a marca Auchan.

A mudança visa “apostar numa marca global, mais forte e capaz de trazer mais valor” para os clientes e para os colaborado­res, anunciou a Auchan Retail Portugal. Surge ainda como uma aposta crescente no fi-digital, ou seja, na ligação do físico ao digital. “É a resposta aos novos clientes omnicanal, com total coerência entre formatos e online que faz de cada ponto de venda uma base que liga o cliente à marca a qualquer hora, em qualquer lugar, em qualquer dispositiv­o”, sublinha a empresa, destacando a intenção de “modernizar a experiênci­a de compra e de solu- ções”, bem como de “aumentar a atrativida­de” das lojas e o seu lay out.

Na expansão vão ser investidos, sensivelme­nte, 40 milhões de euros. Só este ano serão abertos 25 a 30 novos espaços MyAuchan, essencialm­ente na Grande Lisboa. Pedro Cid, diretor-geral do grupo de capitais franceses, assume a vontade de alargar o formato de proximidad­e ao Porto, mas não garante que aconteça já em 2019.

A Auchan, que opera em Portugal também com as insígnias Jumbo e Pão de Açúcar, segue agora aquilo que é uma diretiva do grupo a nível mundial, e concentra todos os seus formatos numa única marca. “É um momento histórico. Desde a compra do Pão de Açúcar, em 1986, que a opção vinha a ser estudada. 85% dos nossos clientes conhecem a Auchan, uma marca mundial, mais jovem e mais adaptada ao nosso perfil e àquilo que queremos construir”, explicou o gestor.

Fidelizar consumidor­es, aumentar receitas e “reforçar o relacionam­ento emocional” com os clientes é o objetivo da Auchan Retail Portugal. Que pretende “ganhar outra dimensão no mercado”, sem especifica­r números.

Questionad­o sobre o momento da mudança, Pedro Cid recusou qualquer influência por via da entrada, em 2019, da Mercadona em Portugal. “Fazemos os nossos projetos a quatro anos, neste momento

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