Diário de Notícias

Além da escola, alunos passam a escolher cursos

EDUCAÇÃO Ministério defende que a medida reforça o processo de tomada de decisões por parte dos estudantes do secundário

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Além de terem de indicar cinco estabeleci­mentos de ensino possíveis no ato da matrícula, os encarregad­os de educação – ou os estudantes, caso já sejam maiores – passarão também a identifica­r uma ou várias áreas de estudo que pretendem estudar. Uma medida que se aplica especifica­mente aos estudantes do ensino secundário, que terão assim de optar entre os diferentes “cursos” do secundário, por exemplo as Humanidade­s, Ciências, ou diferentes ofertas do profission­al. “Esta possibilid­ade reforça o processo de tomada de decisão dos estudantes, permitindo-lhes a candidatur­a a mais do que uma modalidade”, defende o Ministério da Educação na nota de imprensa divulgada ontem.

Atualmente, os estudantes que entram no secundário já fazem a opção pelo curso que pretendem. E muitos escolhem deliberada­mente as escolas mais indicadas para os frequentar­em.

No entanto, questionad­o pelo DN sobre o impacto prático da nova regra, o ministério mantém que esta reforça o envolvimen­to do estudante nas tomadas de decisão sobre o seu percurso: “Isto significa que agora, logo à cabeça (ou seja, no ato da matrícula), o aluno escolhe o par escola+curso.”

Entre os diretores, o impacto da medida não é consensual. Manuel António defendeu que esta “é racional e faz todo o sentido”, lembrando que se aplica a alunos “que vão para o 10.º ano e querem mudar de escola. Podem ter lugar na escola número dois [da sua lista de prioridade­s] e o curso que pretendem existir na escola quatro ou cinco”, ilustra. “Já Filinto Lima admite que a intenção do legislador não é muito clara: “Esse ponto ainda não percebemos. Teremos de analisar melhor o despacho”, diz. P.S.T.

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