Portugal outra vez campeão da Europa em sub-20
Depois do título ganho há um ano em Bucareste, os Lobitos deram uma lição à Espanha e ergueram novamente o troféu
ANTÓNIO HENRIQUES De forma categórica e após uma exibição em que banalizou a congénere espanhola, Portugal revalidou, ontem, o título de campeão europeu de sub-20 ao cilindrar, no Estádio Sérgio Conceição (Taveiro), a Espanha por claros 25-3.
Um ano depois de idêntica final em Bucareste (com triunfo português por 12-5), a seleção treinada por Luís Pissarra e António Aguilar voltou a sair vencedora, mas agora de forma ainda mais clara, com os Lobitos a garantirem nova presença como representante europeu no World Rugby U20 Trophy, a disputar em setembro, em Bucareste.
A Espanha atingiu a final após excelentes exibições diante de Ucrânia (81-0) e Rússia (30-0) e sem consentir qualquer ponto, enquanto Portugal começou por bater a seleção regional norte-centro (44-0), que à última hora substituiu a desistente Alemanha e, nas meias-finais, derrotou a Holanda (22-7).
Os espanhóis começaram melhor e colocaram-se em vantagem com uma penalidade. Mas, a partir dos 10 minutos, os portugueses assumiram o completo controlo do jogo e aos 14’ passariam para frente num ensaio do asa Duarte Costa Campos iniciado numa bela perfuração do centro João Lima.
Sempre superior no duelo entre avançadas – é notável (e raro no râguebi português!) o modo consistente como esta equipa disputa as formações ordenadas, uma das suas grandes armas –, praticando um râguebi agressivo com enorme pressão sobre os adversários e a defender como se não houvesse amanhã, a superioridade de Portugal acentuou-se antes do intervalo numa penalidade de João Lima para 8-3 no descanso.
Foi nos primeiros quinze minutos da 2.ª parte que emergiu o ADN destes jovens Lobitos pois, apesar de asfixiados por intensa pressão espanhola, nunca abriram a mínima brecha defensiva. Determinados, até dilatariam a vantagem aos 55’ depois de uma impressionante sequência de pick and goes pelos avançados que os All Blacks não desdenhariam, finalizada por Martim Cardoso após fantástica simulação para marcar de baixo dos postes (15-3).
O ensaio foi muito sentido pela Espanha que, desorganizada e indisciplinada, faria nova falta convertida por João Lima para já distantes 18-3. E no derradeiro lance seria a formação suplente Duarte Azevedo a espetar o derradeiro prego no caixão espanhol com o terceiro nacional para os definitivos 25-3.