Diário de Notícias

CLÁSSICO GOLO DE HERRERA NA LUZ VALE LIDERANÇA E DEIXA DRAGÕES MAIS PERTO DO TÍTULO

Derbi. Sporting vence Belenenses e fica a três pontos do Benfica

- RUI MARQUES SIMÕES

A muralha do Restelo, que se mostrara quase inexpugnáv­el para benfiquist­as e portistas, não resistiu a Bruno Fernandes. Com um golo e duas assistênci­as do médio, ontem, o Sporting venceu um dérbi superinten­so no terreno do Belenenses (3-4). O triunfo deixa o 2.º lugar da I Liga de novo ao alcance dos leões: ficam a três pontos do Benfica, a dois jogos do dérbi entre ambos (5 de maio, em Alvalade).

Não faltou emoção ao dérbi lisboeta da 30.ª jornada do campeonato. Com sete golos, três penáltis e duas expulsões (a de Sasso já após o apito final, por palavras dirigidas ao árbitro), viveu-se uma noite agitada no Estádio do Restelo (Lisboa): bem mais inquieta do que nas visitas do Benfica (1-1) e do FC Porto (2-0), que o Belenenses conseguiu vergar a resultados surpreende­ntes.

Desta vez, a muralha defensiva dos azuis – que não cedeu frente aos portistas e só permitiu o empate dos benfiquist­as nos minutos finais – quebrou cedo: Bruno Fernandes rasgou-a por duas vezes, em cinco minutos, já após o Sporting ficar a perder. No entanto, os leões adormecera­m à sombra da vantagem, permitiram a recuperaçã­o do Belenenses (de 1-3 para 3-3) e só ao terceiro penálti da partida conseguira­m segurar um importante triunfo – que os aproxima da frente, após a vitória do FC Porto na Luz (0-1). Apostado em fechar-se na defesa, com três centrais (5x3x2), e sair em contra-ataque com poucos homens (como há duas semanas, frente aos dragões), o Belenenses voltou a marcar cedo: Yebda fez o 1-0 aos 7’, de penálti, após Rui Patrício atingir Yazalde na área. Contudo, os azuis viram a estratégia ser destroçada pelo espaço concedido a Bruno Fernandes: com um passe magistral, na diagonal, a rasgar a retaguarda local, o médio assistiu Bas Dost (12’) para o empate. Depois, de igual forma, serviu Gelson Martins (16’), que completou a reviravolt­a.

A ganhar, o Sporting tentou pausar o jogo e gerir o esforço – afinal, ainda há três dias jogara com o Atlético de Madrid e na quarta-feira já tem um novo desafio, com o FC Porto (para a 2.ª mão das meis-finais da Taça de Portugal). Os leões ainda aumentaram a vantagem antes do intervalo – marcou Acuña, aos 42’, aproveitan­do uma sobra na área belenense. Mas (quase) foram traídos pelo calculismo.

Sem nada a perder, o Belenenses passou à versão de “tração à frente” (primeiro em 3x5x2, depois ainda mais balanceada no ataque) e colheu frutos. Primeiro, Licá reduziu a desvantage­m (65’), a passe de Florent Hanin, que rompeu pela esquerda. Depois, Fredy empatou, de penálti (70’), a punir um empurrão de Acuña sobre Licá.

Todavia, num dérbi tão intenso (sete golos num Belenenses-Sporting só tinha acontecido uma vez nos últimos 55 anos – 2-5, em abril de 2016), a igualdade voltou a durar pouco tempo. O árbitro Bruno Paixão assinalou a terceira grande penalidade do jogo (a castigar uma cotovelada de Yebda em Bas Dost) e mostrou o segundo cartão amarelo ao médio argelino. E na transforma­ção, aos 80’, Bruno Fernandes (obrigado a marcar porque Bas Dost tinha saído para receber assistênci­a) fez o 3-4. Apesar da pressão final dos azuis, esse foi o epílogo da partida que voltou a deixar o leão de olhos postos no 2.º lugar (o último que dá direito à presença nas pré-eliminatór­ias da Liga dos Campeões).

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