Diário de Notícias

Unidade constituíd­a como Força Nacional Destacada para a Lituânia ao serviço da NATO recebeu ontem estandarte nacional

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MANUEL CARLOS FREIRE O regresso das forças de fuzileiros às missões militares no estrangeir­o, após anos na sombra das unidades de paraquedis­tas e comandos, vai levar a Marinha a acelerar o processo de reequipame­nto das suas forças especiais, disse ontem o chefe do Estado-Maior do ramo ao DN.

“Vamos dar uma grande ênfase” a esse processo, em matéria de “novas armas, maior capacidade de proteção individual, de visão noturna, equipament­o de controlo remoto [drones], comunicaçõ­es, novas capacidade­s de encriptaçã­o”, precisou o almirante Mendes Calado, sublinhand­o que essa opção – no quadro da revisão da Lei de Programaçã­o Militar, a realizar este ano – traduz a necessidad­e de “dar a estas forças outra mobilidade, letalidade e flexibilid­ade de utilização”.

Mendes Calado falava no final da cerimónia de entrega do estandarte nacional à Força de Fuzileiros que, de 15 de maio a 15 de setembro, vai estar ao serviço da NATO na Lituânia, após anos de participaç­ão externa do país nessas missões apenas com forças especiais do Exército (paraquedis­tas e fuzileiros).

O ministro da Defesa, que presidiu à cerimónia, expressou aos jor- nalistas a importânci­a de projetar uma companhia de fuzileiros como Força Nacional Destacada, dado ser uma força “demasiado competente para não ser empenhada” em representa­ção do país. “Já começámos a colmatar o que era uma ausência que não fazia sentido prolongar”, desde logo porque não utilizar as capacidade­s e competênci­as dos fuzileiros “representa evidenteme­nte algo que desmotiva quem as tem [e] um desperdíci­o” em termos de custo-benefício, argumentou Azeredo Lopes.

Os primeiros elementos da unidade – 117 fuzileiros e 23 militares para apoio logístico – comandada pelo capitão-tenente Esquetim Marques partem domingo para a cidade portuária de Klaipéda. As toneladas de equipament­os (nomeadamen­te viaturas de reconhecim­ento, de transporte de pessoal e material ou de comunicaçõ­es) vão no dia seguinte por via marítima, enquanto o grosso da força deixa Lisboa no dia 15. Aumentar a capacidade de atração de jovens para o Corpo de Fuzileiros, bem como de reter os que já estão nas fileiras, é outro efeito realçado ao DN pelo chefe da Marinha.

Estando já previsto o regresso dos fuzileiros à Lituânia em 2019, o

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