Petrolífera saudita vai ter uma mulher na administração
A Saudi Aramco, a empresa mais valiosa do mundo, pode entrar em bolsa até 2019
A Arábia Saudita praticamente não tem mulheres em cargos de topo. Mas Riade nomeou neste domingo, pela primeira vez, uma gestora para o conselho de administração da Saudi Aramco, a petrolífera que é a empresa mais lucrativa do mundo. Esta decisão das autoridades sauditas surge numa altura em que Riade se prepara para colocar a sua joia da coroa em bolsa, naquela que poderá ser a maior oferta pública de venda de todos os tempos.
A eleita para o conselho de administração composto por 11 elementos é Lynn Laverty Elsenhans. A executiva americana de 61 anos tem uma longa experiência no setor petrolífero, uma das indústrias com menos diversidade de género nas administrações. Foi presidente executiva da americana Sunoco entre 2008 e 2012. Antes tinha já assumido cargos de topo na Royal Dutch Shell e na Baker Hughes, duas gigantes do setor.
Além de Lynn Laverty Elsenhans, entre as novas nomeações estão Peter Cella, antigo líder da Chevron Phillips Chemical, e Andrew Liveris, que era presidente executivo da DowDuPont.
Estas nomeações de executivos estrangeiros são vistas como uma maneira de Riade dar experiência internacional à equipa de gestão da Saudi Aramco. Uma forma de dar maior segurança aos investidores na entrada em bolsa da petrolífera que lucra mais do que a Apple. A Arábia Saudita quer vender 5% da empresa por cem mil milhões de dólares. Mas a avaliação elevada tem adiado a entrada em bolsa.