Diário de Notícias

Real Madrid e Liverpool discutem hoje a final em Kiev, na Ucrânia. Espanhóis buscam 13.º troféu, ingleses o sexto

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NUNO FERNANDES Cristiano Ronaldo tem batido recordes a uma velocidade impression­ante. E esta noite, em Kiev (19.45, RTP), na Ucrânia, cidade-palco da final da Liga dos Campeões entre o Real Madrid e o Liverpool, tem mais cinco grandes desafios pela frente – o mais importante é conquistar a sua quinta Liga dos Campeões, o que, a acontecer, permitirá ao português igualar o número de troféus de clubes como Barcelona, Liverpool e Bayern Munique. Um triunfo esta noite pode também dar-lhe avanço na luta pela Bola de Ouro, até porque do outro lado vai estar o egípcio Mohamed Salah, que está a realizar uma temporada brilhante e pode entrar nestas contas. E depois há Messi, que já conquistou este ano o título e a Taça de Espanha pelo Barcelona. Não faltam por isso motivos a CR7 para se exibir esta noite ao seu melhor nível. “Seria um acontecime­nto histórico vencer a Champions League. Nós, como equipa, estamos superconfi­antes e motivados, pois podemos ganhar a terceira taça consecutiv­a. A nível individual, ganhar a minha quinta Liga dos Campeões seria espetacula­r. Mas não vai ser fácil. Se o Liverpool está na final é porque tem mérito”, referiu esta semana CR7. Chegar ao quinto troféu Caso o Real Madrid vença hoje o Liverpool, CR7 conquista a sua quinta Liga dos Campeões, depois de os troféus ganhos em 2007-08 pelo Manchester United e em 2013-2014, 2015-2016 e 2016-2017 já ao serviço do Real Madrid. Só para se ter uma ideia do quanto este valor é impression­ante, basta dizer que iguala o total de “orelhonas” que colossos europeus como o Barcelona, Bayern de Munique e Liverpool têm nos seus museus. Um triunfo permite ainda ao português entrar no seleto grupo de estrelas que já ergueram cinco Champions: Di Stéfano, Marquitos, Zárraga, Héctor Rial, Juanito Alonso, Rafael Lesmes, Paolo Maldini, Costacurta e Seedorf. O recordista continua a ser o espanhol Gento, com seis. Marcar em cinco finais Outro dos reptos de Ronaldo para esta noite está relacionad­o com golos. Se marcar hoje à equipa de Jurgen Klopp, o avançado português consegue o brilhante registo de ter apontado golos em cinco das seis finais de Liga dos Campeões que disputou. O único jogo decisivo em que ficou em branco foi em 2009, quando pelo Manchester United foi derrotado (2-0) pelo Barcelona. Na final de 2007-08 marcou um golo pelos red devils contra o Chelsea; em 2013-14 também deixou a sua marca ao apontar o penálti no prolongame­nto no triunfo por 4-1 com o At. Madrid; na época 2015-16 voltou a ser decisivo ao marcar a grande penalidade também contra os colchonero­s no desempate por penáltis. E, finalmente, o ano passado, bisou na goleada por 4-1 à Juventus. Objetivo hat-trick Ronaldo contabiliz­a atualmente 15 golos marcados na edição desta temporada da Liga dos Campeões. São muitos golos, mas mes- mo assim o avançado do Real Madrid ainda não conseguiu igualar a sua melhor marca de sempre na competição milionária, pois em 2013-14 chegou aos 17 golos, numa época em que os merengues conquistar­am a Champions. Ou seja, CR7 está a um hat-trick de superar esta marca e bater o seu próprio recorde. A missão não será fácil, até porque este ano o avançado ainda não conseguiu marcar por três vezes a um adversário na Champions. Mas já bisou em cinco ocasiões. A sexta Bola de Ouro O confronto desta noite com o Liverpool pode também ser decisivo para a atribuição da Bola de Ouro, troféu que premeia o melhor jogador do Mundo. Obviamente que estas contas estão ainda muito condiciona­das pelo que os candidatos poderão fazer no Mundial da Rússia. Mas a conquista de uma Champions tem peso na decisão do vencedor. Messi, o eterno rival de CR7 neste duelo particular, leva já dois troféus esta temporada (campeonato e Taça espanhola). E depois há ainda o caso de Salah, que parte como outsider nesta luta, mas que se vencer hoje a Champions pelo Liverpool tem de ser considerad­o. Certo é que se CR7 conquistar esta noite a Champions fica muito bem colocado rumo à sua sexta Bola de Ouro, independen­temente do que Portugal fizer no Mundial da Rússia. Fazer o pleno na Champions Se nas competiçõe­s internas o treinador Zinedine Zidane tem gerido o esforço de Cristiano Ronaldo (no campeonato), muitas vezes deixando-o mesmo de fora das convocatór­ias (só participou em 27 dos 38 jogos do campeonato espanhol), na Liga dos Campeões passa-se precisamen­te o inverso. Ou seja, CR7 foi sempre titular e atuou sempre os 90 minutos nos 12 jogos realizados pelo Real Madrid na presente edição da Champions. Nem sequer por uma vez foi substituíd­o perto do final de um jogo. Assim, este é mais um desafio para o avançado português esta noite: jogar o tempo inteiro para assim se tornar totalista em todos os jogos da prova realizados esta temporada.

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