O 11 MAIS VALIOSO DA LIGA DE FUTEBOL NÃO DÁ PARA PAGAR OBRIGAÇÕES DAS SAD
E ainda, no DN, os bastidores da assembleia geral do Sporting.
A Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting decidiu antes da reunião dos órgãos sociais ocorrida anteontem que não iria solicitar a AG de 23 de junho utilizando o requerimento feito pelos sócios efetivos correspondentes a mil votos. Ao que o DN apurou, a MAG, mesmo tendo na sua posse as assinaturas, decidiu chamar a si a responsabilidade de convocar a AG extraordinária de destituição do Conselho Diretivo liderado por Bruno de Carvalho.
Ou seja, Jaime Marta Soares primeiro tentou mais uma vez sensibilizar o CD a demitir-se para poder marcar eleições para 2 de setembro, “solução que teria evitado qualquer hiato na gestão do clube e mais teria contribuído para limitar os danos resultantes da situação de instabilidade criada nos últimos meses”, como anunciou ontem a MAG em comunicado. Visto que não conseguia obter os seus intentos, Marta Soares avançou então para a AG de destituição, alicerçando a decisão nas assinaturas que tinha (e continua a ter) na sua posse, mas sem colocar o ónus em cima dos associados, preferindo também preservar a identidade dos mesmos junto do CD.
Ao que o DN apurou, quando Jaime Marta Soares entregou a Bruno de Carvalho a documentação com a convocatória da AG extraordinária a mesma foi mal recebida. Ato contínuo terminou a reunião que durou quase três horas e foi pautada por um clima bastante hostil entre as partes, com os membros da MAG e do CFD a sentirem-se ameaçados pelo CD, em especial por Bruno de Carvalho – no comunicado enviado ontem às redações, a MAG acrescenta às ameaças a expressão “ambiente intimidatório”. A MAG, segundo foi explicado ao DN, decidiu não só preservar a identidade dos sócios requerentes como também poupar os mesmos a uma avultada despesa inerente à logística de uma AG extraordinária. Isto só aconteceu também porque havendo ou não assinaturas o sentimento unânime dos membros da MAG é de que é absolutamente necessária essa AG extraordinária e ela seria sempre agendada. Com assinaturas ou sem assinaturas.
A questão da despesa não é a essencial, mas não pode ser vista como irrelevante. A AG, depois de a MAG ter ponderado o próprio estádio, realizar-se-á na Altice Arena, no mesmo recinto onde se efetuou recentemente o Festival da Eurovisão. A MAG nunca ponderou o Pavilhão Rocha, pois espera bem mais do que os quatro mil sócios que aquela infraestrutura podia albergar. O aluguer da Altice Arena está feito para dia 23 de junho, um sábado, e a AG vai começar de manhã. O custo varia muito, mas oscilará entre os 60 e os 80 mil euros. A este valor acresce a verba com a segurança no interior do recinto e cuja solicitação terá de ser feita por Jaime Marta Soares – no perímetro circundante a segurança será da responsabilidade do Ministério da Administração Interna. O pagamento será feito, claro está, pelo Sporting.
No dia da reunião dos órgãos sociais, Bruno de Carvalho deixou a garantia de que de o CD iria impugnar a convocatória da AG extraordinária para a destituição do órgão que preside. Ao que o DN conseguiu apurar, a impugnação irá para a frente . E na argumentação o CD alegará, entre outras coisas, que não entende porque é que a MAG, estando demissionária, ainda não marcou eleições para esse órgão. Outro argumento é de que o CD fez entrar um requerimento na MAG para a convocação de uma AG extraordinária, de modo a esclarecer os sócios, e Marta Soares não a agendou. Uma situação que no entendimento do CD vai contra os estatutos.
Ao que o DN conseguiu saber, a MAG estuda a melhor forma de responder afirmativamente a este pedido do CD, datado de 16 de maio último, dia seguinte aos dramáticos acontecimentos de Alcochete. E tem 30 dias para fazer a convocatória. Há várias hipóteses em estudo, falta uma decisão final.
Finalmente, ainda falta quase um mês para a realização da AG ex-