Diário de Notícias

África chega a Pequim com futuro na algibeira

Dezoito anos depois da primeira conferênci­a, o Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) procura novos caminhos para esta relação. Países africanos lusófonos levam para Pequim planos ambiciosos de cooperação e desenvolvi­mento.

- JOSÉ CARLOS MATIAS/ PLATAFORMA-MACAU

As ruas de Pequim já estão vestidas a rigor com cartazes alusivos à ligação entre a China e África. Preparam a Cimeira China-África, um dos mais importante­s acontecime­ntos diplomátic­os para ambos. O mote está dado e é claro nesse sentido. “Rumo a uma comunidade ainda mais forte e com um futuro partilhado através da cooperação geradora de benefícios mútuos.”

A cimeira deverá centrar-se, também, em temas comuns: infraestru­turas, industrial­ização e modernizaç­ão agrícola no continente africano, tendo como pano de fundo a iniciativa “Faixa económica da rota da seda e a Rota da seda marítima do século XXI”, que visa reativar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, de África e do Sudeste Asiático e que está a construir redes ferroviári­as interconti­nentais, portos, aeroportos, centrais elétricas e zonas de comércio livre em mais de 60 países, abrangendo 65% da população mundial.

Além do discurso do presidente Xi Jinping, os olhos do mundo estarão nas palavras do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Pequim tem promovido o papel da iniciativa Uma Faixa Uma Rota na implementa­ção dos objetivos da União Africana de transforma­ção socioeconó­mica do continente e na Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvi­mento Sustentáve­l. A primeira vez de São Tomé e Príncipe Em Pequim estão chefes do Estado e do governo dos 53 países africanos que hoje fazem parte do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), criado em 2000. Na fotografia de família faltará a Suazilândi­a, o único Estado africano que mantém relações diplomátic­as com Taiwan. Para os que abandonara­m os laços com Taipé nos últimos três anos esta vai ser a primeira vez que se sentam à mesa de uma cimeira do FOCAC. É o caso de São Tomé e Príncipe. O primeiro-ministro Patrice Trovoada afirmou

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