África chega a Pequim com futuro na algibeira
Dezoito anos depois da primeira conferência, o Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) procura novos caminhos para esta relação. Países africanos lusófonos levam para Pequim planos ambiciosos de cooperação e desenvolvimento.
As ruas de Pequim já estão vestidas a rigor com cartazes alusivos à ligação entre a China e África. Preparam a Cimeira China-África, um dos mais importantes acontecimentos diplomáticos para ambos. O mote está dado e é claro nesse sentido. “Rumo a uma comunidade ainda mais forte e com um futuro partilhado através da cooperação geradora de benefícios mútuos.”
A cimeira deverá centrar-se, também, em temas comuns: infraestruturas, industrialização e modernização agrícola no continente africano, tendo como pano de fundo a iniciativa “Faixa económica da rota da seda e a Rota da seda marítima do século XXI”, que visa reativar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, de África e do Sudeste Asiático e que está a construir redes ferroviárias intercontinentais, portos, aeroportos, centrais elétricas e zonas de comércio livre em mais de 60 países, abrangendo 65% da população mundial.
Além do discurso do presidente Xi Jinping, os olhos do mundo estarão nas palavras do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Pequim tem promovido o papel da iniciativa Uma Faixa Uma Rota na implementação dos objetivos da União Africana de transformação socioeconómica do continente e na Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável. A primeira vez de São Tomé e Príncipe Em Pequim estão chefes do Estado e do governo dos 53 países africanos que hoje fazem parte do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), criado em 2000. Na fotografia de família faltará a Suazilândia, o único Estado africano que mantém relações diplomáticas com Taiwan. Para os que abandonaram os laços com Taipé nos últimos três anos esta vai ser a primeira vez que se sentam à mesa de uma cimeira do FOCAC. É o caso de São Tomé e Príncipe. O primeiro-ministro Patrice Trovoada afirmou