Diário de Notícias

Aprender com o Mestre... agora na Netflix

- Helena Tecedeiro

Tem barbas que chegam até ao chão, um grande nariz e uma sabedoria ainda maior. O Mestre das séries Era Uma Vez... o Homem e Era Uma Vez... a Vida pode só ter nascido em 1978 pela mão do realizador francês Albert Barrilé mas quando eu era miúda já era velhinho. Primeiro explicou às crianças tudo sobre a história da humanidade e depois tudo sobre o corpo humano. E, mais tarde ainda, um monte de coisas sobre o espaço.

Confesso que é do Era Uma Vez... a Vida que guardo mais memórias. Talvez por ter estreado em 1986, tinha eu 6 anos e começava a ter curiosidad­e por estes assuntos. Ainda me lembro de ver os episódios na televisão, no original em francês ou não vivesse na altura na Suíça, e de ficar fascinada com as plaquetas boazinhas, com as bactérias e os vírus mauzões ou os anticorpos protetores. E também com a voz de Roger Carel, o mítico ator que deu voz não só ao Mestre de Era Uma Vez como a personagen­s tão marcantes como Astérix, Mickey Mouse ouWinnie the Pooh (Winnie l’Ourson, para os francófono­s).

Passadas mais de três décadas, a série (mais a Vida do que o Homem, ou não continuass­e a História a sua marcha inexorável enquanto os episódios acabam na chegada do homem à Lua e nos primeiros sinais de alarme com a poluição – outros tempos, mesmo!) continua a atrair crianças de todo o mundo. Seja pelos ensinament­os do Mestre, pelo efeito hipnótico da música do genérico – em Portugal chama-se A Vida e trata-se de uma adaptação de La Vie interpreta­da por Sandra Kim, a belga vencedora da Eurovisão em 1986, ou pela mistura entre entretenim­ento e informação.

E, quando se tem uma criança de 8 anos às voltas nas aulas com o sistema digestivo ou com o sistema circulatór­io, a verdade é que uma mãe só pode agradecer à Netflix ter posto à disposição das novas gerações as séries Era Uma Vez – sim, a Vida, o Homem e também o Espaço. A imagem pode agora vir em alta definição através do iPad cá de casa mas o Mestre, esse, continua a espalhar a sua sabedoria de forma ao mesmo tempo simples, rigorosa e divertida.

A mãe, aqui, agradece. E confessa que volta a aprender muita coisa – e a divertir-se! – com o Mestre. Agora em português!

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