Diário de Notícias

Ainda há revista no Parque Mayer

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Recordar o Parque Mayer, ou o que dele resta. Uma reportagem nos lugares a que o filme, que se estreia nesta semana, nos leva outra vez.

Cristiano Ronaldo tem nesta segunda-feira a última oportunida­de de conquistar um prémio individual em 2018. Amanhã será anunciado em Paris o vencedor da Bola de Ouro, o prémio com maior simbolismo atribuído há 62 anos pela revista francesa France Football, que distingue anualmente o melhor futebolist­a do mundo.

Nos últimos dez anos, o domínio absoluto foi de Ronaldo e de Messi, que arrecadara­m o prémio cinco vezes cada um – ninguém tem mais do que eles –, mas agora existem sinais de que esta bipolariza­ção vai terminar, pois a estrela argentina do Barcelona, apesar de ser um dos 30 nomeados, não é apontada sequer aos três finalistas e o internacio­nal português da Juventus enfrenta a concorrênc­ia de Luka Modric, que tem arrecadado todos os prémios individuai­s deste ano graças ao excelente Mundial que realizou ao serviço da Croácia. Contudo, também os campeões do mundo pela seleção francesa Raphael Varane, Kylian Mbappé e Antoine Griezmann são fortes concorrent­es ao prémio.

A favor de Cristiano Ronaldo está a conquista pela terceira vez consecutiv­a da Liga dos Campeões, ao serviço do Real Madrid, numa prova em que foi o melhor marcador (15 golos). Além disso, é preciso ter em conta a quantidade de golos que marcou no ano civil de 2018, até 9 de novembro, dia em que encerrou a votação para a Bola de Ouro. CR7 totalizou 42 remates certeiros nos 43 jogos que disputou pelos merengues (28 golos em 22 partidas), mas também pela Juventus (8 em 14 jogos) e pela seleção nacional (seis em sete partidas).

Foi com base nestes números que Ronaldo afirmou numa entrevista à France Football, em outubro, que merecia conquistar a sexta Bola de Ouro, apesar de ter desabafado que nesta altura da sua carreira este prémio “não é uma obsessão”. “Eu sei que sou um dos melhores jogadores da história. Claro que quero ganhar a sexta Bola de Ouro, estaria a mentir se dissesse o contrário, e trabalho para isso. Tal como trabalho para marcar golos e ganhar jogos sem que isso seja uma obsessão. Por tudo isso, acho que mereço a Bola de Ouro.”

O romeno Laszlo Bölöni, treinador que lançou CR7 no Sporting, está convencido de que “este ano Ronaldo talvez não ganhe” o prémio, sobretudo porque “falhou em alguns momentos na seleção portuguesa”, numa clara referência ao Mundial 2018, no qual Portugal não foi além dos oitavos-de-final. Uma ideia que na opinião de Maximilian­o Allegri, treinador da Juventus, não pode ser tida em conta. “Cristiano fez tudo para merecer a Bola de Ouro”, disse há uma semana, numa conferênci­a de imprensa. Griezmann lidera armada francesa A verdade é que nenhum dos principais candidatos tem uma folha de serviço tão impression­ante como a de CR7 em termos estatístic­os. Mbappé contabiliz­a 31 golos nos 53 desafios que realizou pelo Paris Saint-Germain e pela seleção francesa, mas apresenta a seu favor um currículo de títulos fantástico, com a conquista do Mundial 2018, Liga francesa, Taça da Liga e Taça de França.

Em termos de troféus conquistad­os, o defesa central Varane é quem tem o currículo mais invejável, pois celebrou o título mundial e a Champions no espaço de dois me-

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