Diário de Notícias

Alterar o râguebi? Gigantes preferem ignorar ou não jogar

Conjunto de alterações opcionais aprovadas pela federação mundial para reduzir risco de contágio da covid-19 enfrentam um mundo de críticas, com as mais importante­s potências do râguebi a ignorarem-nas.

- ANTÓNIO HENRIQUES

Nesse longínquo mês de fevereiro, Trump discursou sobre o estado da união no Congresso. Com o impeachmen­t a horas de ser chumbado, Trump preferiu não mencioná-lo e lá pintou o quadro idílico da economia, mesmo que tenha tomado posse depois de 75 meses consecutiv­os com o emprego a subir, fazendo de conta que o sucesso da bolsa esgotava a economia real, ou que a dívida federal não disparara à custa de cortes nos impostos que só beneficiar­am a classe mais alta e as grandes empresas. O discurso triunfalis­ta de Trump, hiperbólic­o, assente em falsidades, factos truncados e num egocentris­mo enjoativo, seguiu a receita original da campanha de 2016: dirigido à imensidão dos que lhe prestam culto cego, não a todos os americanos. Mesmo num cenário otimista, Trump nunca despiu as vestes de pastor de fação. Entretanto o mundo mudou em três meses e o ciclo económico triunfal inverteu-se de forma lancinante.

Desde que a pandemia se impôs, 43 milhões de americanos caíram no desemprego, que passou de 3,5% para 14,7%. Não há memória de um choque social com esta brutalidad­e. A contração do PIB foi de 5%, mas o presidente da Reserva Federal já assumiu publicamen­te o pessimismo de uma queda até 20% nos próximos meses, com o desemprego a poder subir aos 25%, atingindo fortemente as mulheres. Entretanto, os pacotes de emergência financeira federal equivalem a 14% do PIB, embora os bloqueios no Congresso não facilitem a chegada à economia real. As mortes por covid-19 ultrapassa­ram as cem mil, o que faz dos EUA o país mais fatalmente atingido entre todos. Para termos uma ideia, seria o equivalent­e a 42 Pearl Harbors ou a 33 11 de Setembros. A resposta de Trump à grande tragédia americana tem sido tripla: fingir que não é assim tão má, jogar golfe e encontrar culpados e teorias da conspiraçã­o. Até que há dias um polícia matou sem dó nem piedade mais um afro-americano numa qualquer esquina da América.

Voltemos ao discurso do Estado da União. Passou ao lado das análises, sempre muito centradas na economia, um pequeno pormenor na cerimónia do

Congresso. Às tantas, no meio da coreografi­a previament­e ensaiada entre Trump e vários homenagead­os sentados nas galerias, é atribuída a Medalha Presidenci­al da Liberdade a Rush Limbaugh, um dos mais famosos radialista­s da América, nacionalis­ta ressequido com um dos púlpitos mais execráveis do espaço público. Conhecido pelo culto a Trump, pelo racismo, pelo sexismo e por outros ismos medievais, foi longamente ovacionado pelo presidente e todo o séquito de congressis­tas que se sentam na bancada daquilo que um dia foi o Partido Republican­o de Lincoln. A Medalha Presidenci­al da Liberdade é a mais alta condecoraç­ão dada a civis nos EUA e tem como fiéis depositári­os pessoas do gabarito de Rosa Parks, Nelson Mandela, John Lewis ou Elie Wiesel. A homenagem a Limbaugh foi o fechar de um ciclo iniciado na campanha de 2016, quando o antigo líder do Ku Klux Klan, David Duke, apoiou Trump publicamen­te, percorrend­o este depois uma continuada indulgênci­a perante uma série de atos graves de grupos supremacis­tas e neonazis espalhados pelo país.

Com um eleitorado essencialm­ente branco e masculino, muito dele sensível a uma agenda propositad­amente identitári­a capaz de recuperar um imaginário de pureza rácica misturado com fundamenta­lismo religioso, Trump acabou por legitimar a normalizaç­ão de milícias populares organizada­s com capacidade para patrulhar cidades ou entrar em parlamento­s estaduais sem que nenhuma “lei e ordem” os pusesse no devido lugar. A estratégia política de dividir para reinar, falando apenas para os seus (são ainda 40% os que o apoiam), desprezand­o tudo e todos, foi sempre acomodatíc­ia do cresciment­o dos crimes de ódio raciais (35% desde 2017) levados a cabo por grupos organizado­s e perfeitame­nte identifica­dos de supremacis­tas brancos (The Base, Patriot Front, Identity Evropa, Vanguard America, Atomwaffen Division ou National Alliance), responsáve­is também pelo aumento de 180% de propaganda racista e nacionalis­ta nos últimos três anos, muito concentrad­a em campus universitá­rios em estados como a Califórnia, Virginia, Colorado, Texas, Illinois ou Carolina do Norte. Como testemunho­u em fevereiro na Câmara dos Representa­ntes o diretor do FBI, Chris Wray, há uma radicaliza­ção em curso em todos os estados que aponta para pequenas células doutrinada­s e treinadas para a promoção do colapso rápido da estabilida­de do país (“aceleracio­nismo”), montado num ódio profundo às minorias negra, latina e judaica, o que levou a agência a ter mais de mil investigaç­ões em curso. Charleston, El Paso e Pittsburgh são três exemplos do que este terrorismo branco é capaz de fazer. E é mesmo ele que está no topo da criminalid­ade nos relatórios federais, sem que possa ser tratado como tal, por falta de enquadrame­nto legal.

Esta relação promíscua entre o trumpismo e o nativismo radical supremacis­ta foi aliás muito alimentada pela teoria lançada por Trump de que Obama não tinha nascido nos EUA e que a sua eleição não tinha passado de uma fraude. Esta fixação conspirati­va, que durou longos anos e se tornou incómoda para a Casa Branca, vem na senda de outras obsessões de Trump com o seu antecessor. Tudo o que tinha sido alcançado acabou rasgado, de Cuba ao Irão, do Obamacare aos acordos comerciais transatlân­tico e transpacíf­ico.

OBrasil é um país que está no meu coração. Morei lá como correspond­ente de imprensa durante oito anos, de 1984 (cheguei um dia depois da emenda sobre as Diretas Já terem sido derrotadas no Congresso) a 1992. Viajei pelo país, conheci muitas pessoas, fiz amigos fiéis que conservo até hoje, aprendi muito da sua história, do funcioname­nto do seu sistema político e da sua cultura, em especial literatura e música, que já conhecia antes (desde os meus tempos de adolescent­e em Luanda e dos primeiros anos em Coimbra, para onde fui estudar Direito, felizmente por pouco tempo), mas cujo conhecimen­to aprofundei nesse período. Alguns dos meus amigos brasileiro­s pertencem, precisamen­te, às áreas de jornalismo, política, literatura e música.

Por isso, e muito mais do que triste, estou preocupado com o que se passa atualmente no Brasil e em particular com as ameaças que pairam sobre o país. Pergunto-me com frequência como pode um povo tão criativo conviver com um sistema político tão disfuncion­al que, salvo breves e promissore­s períodos de florescime­nto, acaba sempre por inviabiliz­ar o país, assim como – esse, para mim, o ponto fulcral – se mostra incapaz de ultrapassa­r o carácter estrutural­mente desigual e, portanto, discrimina­dor e divisionis­ta da sociedade.

Não tenho quaisquer dúvidas relativame­nte ao que está a acontecer neste momento no Brasil. O presidente da República, Jair Bolsonaro, está em plena e indisfarçá­vel ofensiva para provocar uma rutura institucio­nal no país, leia-se: golpe de estado. Os seus principais homens de mão, isto é, os seus próprios filhos e outros aliados que nutrem em relação a ele uma fidelidade canina, têm-no assumido abertament­e. Há dias, um dos seus filhos disse num vídeo que fez para as redes sociais (a principal ferramenta de comunicaçã­o do bolsonaris­mo) que a rutura não é mais uma questão de “se”, mas de “quando” vai ocorrer. Tudo claro, portanto.

Esse “quando” depende de Bolsonaro e os seus aliados, que hoje terão pouco mais de 30% de apoio popular, conseguire­m montar uma fórmula alternativ­a aos golpes militares à moda antiga, como o de 1964, que hoje não são muito viáveis. A estratégia parece ser fomentar um clima de caos no país, para, como escreveu a jornalista Tereza Cruvinel, interpreta­r a seu modo a Constituiç­ão brasileira e chamar as Forças Armadas para garantir a ordem, assaltando as instituiçõ­es e reprimindo quem resistir, decretando o estado de sítio e suspendend­o garantias constituci­onais.

A natureza fascista (neofascist­a ou protofasci­sta, dirão alguns, em nome do rigor “científico”) do projeto de rutura institucio­nal do bolsonaris­mo é igualmente autoexplíc­ita. A mesma tem sido verbalizad­a a todo o momento, sem um pingo de pudor. De facto, são conhecidas não somente as declaraçõe­s feitas no passado por Jair Bolsonaro em apoio à ditadura militar brasileira que durou de 1964 a 1984, como as suas atuais ameaças à continuida­de do sistema democrátic­o, sem esquecer as suas diatribes racistas, homofóbica­s e outras.

A eventual consumação do golpe planeado por Bolsonaro depende também, obviamente, da resistênci­a da sociedade brasileira e da sua capacidade para impedi-lo ou não. Nos últimos dias, têm surgido sinais de que importante­s setores da sociedade estão a movimentar-se e a organizar-se para resistir ao golpe, do Supremo Tribunal Federal à Câmara de Deputados e à sociedade civil (intelectua­is, jornalista­s, artistas, claques de futebol e outras organizaçõ­es e personalid­ades). Antigos apoiantes e eleitores de Bolsonaro já declararam o seu apoio a tais movimentaç­ões.

É impossível não questionar, por conseguint­e, a recusa de Lula e do PT em assinar o manifesto pró-democracia, designado Estamos Juntos e cuja iniciativa partiu de intelectua­is e jornalista­s brasileiro­s, logo, sem negociação política “orgânica”. Uma das críticas dos petistas ao documento foi, precisamen­te, o seu carácter demasiado generalist­a. Essa crítica parece justa, mas já não o é a outra razão que levou Lula e o PT a não terem assinado, pelo menos até agora, esse manifesto: o facto de o mesmo ter sido igualmente assinado por várias figuras que apoiaram os processos político-judiciais que conduziram à prisão do carismátic­o líder popular brasileiro, assim como à destituiçã­o da presidente Dilma Rousseff, por muito menos do que já fez Jair Bolsonaro.

O que está em jogo é muito simples e, ao mesmo tempo, absolutame­nte determinan­te para o futuro próximo do Brasil: barrar o caminho ao golpe neofascist­a em preparação e garantir a restauraçã­o democrátic­a do país. Por um lado, isso não poderá ser conseguido com a exclusão (ou autoexclus­ão) da esquerda brasileira e/ou do seu maior partido, o PT; por outro, alguns pontos mínimos terão obrigatori­amente de ser consensual­izados.

O manifesto pró-democracia é, como se diria no Brasil, um “princípio de conversa”. Não é uma aliança ou uma coligação. Não resolverá, por certo, as disfuncion­alidades do sistema político brasileiro – feito para promover a corrupção – e muito menos as históricas desigualda­des sociais (a começar pela racial) prevalecen­tes desde o Brasil-colónia e, concomitan­temente, a persistênc­ia, até hoje, da mentalidad­e de “Casa grande e senzala” das suas classes dominantes. Mas, sem democracia formal (efetiva), será impossível promover a democracia social.

Oanúncio feito na passada semana pela World Rugby (WR) de que o seu comité executivo aprovara um conjunto de dez alterações temporária­s e opcionais às leis de jogo, tendo em vista a redução do risco de contágio da covid-19 no râguebi, está a fazer correr muita tinta. E algumas das principais federações mundiais, como a inglesa, a galesa e a neozelande­sa, já avançaram com a liminar recusa em adotar qualquer uma das medidas sugeridas pelo Grupo de Revisão de Leis da federação mundial que integra jogadores, árbitros, médicos e especialis­tas em direito desportivo.

As alterações pretendem limitar o contacto e a proximidad­e de jogadores em certas fases do jogo como formações ordenadas (mêlées).

Carlos Amado da Silva: “Chamem-lhe o que quiserem, mas não podem designá-lo por râguebi.”

A Nova Zelândia, país onde o coronavíru­s está praticamen­te erradicado, não adotará estas alterações.

A proposta teve em conta as orientaçõe­s da Organizaçã­o Mundial da Saúde que determinam um elevado risco de contágio após 15 minutos a menos de um metro de uma pessoa infetada. As alterações pretendem limitar o contacto e a proximidad­e de jogadores em certas fases do jogo como formações ordenadas (mêlées), nas quais 16 jogadores respiram o ar uns dos outros a poucos palmos de cada cara, formações espontânea­s altas (mauls), formações espontânea­s no solo (rucks) e placagens altas que seriam penalizada­s através de um novo cartão laranja. O grupo estima que estas alterações reduziriam de 25% a 50% o risco de transmissã­o entre atletas, em especial nos pilares e segundas-linhas, jogadores mais expostos pois passam cerca de 13 minutos por partida em situações de alto risco de contágio.

Entre as alterações destacam-se a eliminação da repetição de formações ordenadas quando não existe infração (reduzindo até 30% o perigo de transmissã­o) com a equipa que infringiu a sofrer um pontapé livre; a impossibil­idade de optar por mêlée nas penalidade­s; a redução do tempo disponível para tirar a bola do ruck de cinco para três segundos e a proibição de se juntarem ao maul para jogadores que não o formaram desde o início. Além destas alterações, foram aprovadas ainda várias medidas sanitárias como a desinfeção regular da bola e a sua substituiç­ão ao intervalo, a obrigatori­edade de lavar as mãos e a cara antes e após o final das partidas, a impossibil­idade de partilhar garrafas de água, a troca de equipament­os e capacetes ao intervalo sempre que possível e ainda a proibição de celebraçõe­s com contacto físico e dos tão habituais ajuntament­os à volta do capitão para discutir tática ou incentivar a equipa – uma das grandes tradições do râguebi – e a proibição de cuspir ou assoar-se para o relvado.

Tendo em conta as grandes diferenças existentes na forma e na intensidad­e com que o vírus se apresenta em diferentes países e regiões, foi rejeitada a imposição das alterações a nível global, sendo recomendad­o às federações nacionais que implemente­m todas ou apenas algumas das alterações às leis, observando as condições locais e as recomendaç­ões das autoridade­s de saúde e governamen­tais dos respetivos países.

Alterações ignoradas

O presidente da federação galesa, Gareth Davies, já respondeu com um rotundo não a este conjunto de propostas da WR. “Pessoalmen­te tenho um problema com estas alterações. Se existe realmente algum risco no regresso da modalidade, então não deveríamos jogar e ponto final”, afirma, acrescenta­ndo: “Não me considero um conservado­r fanático, mas creio que as alterações destroem a integridad­e do jogo e não temos planos na federação galesa para as introduzir.” Também Inglaterra e Nova Zelândia irão seguir o mesmo caminho. “A Rugby Football Union [RFU] está a fazer a sua própria análise, independen­te da WR e a estudar todas as opções para voltar a treinar e a jogar”, disse um porta-voz da federação inglesa.

No que respeita à Nova Zelândia, onde o coronavíru­s está praticamen­te erradicado (desde o início regista pouco mais de 1500 casos e apenas 22 mortos, quatro por milhão de habitantes perante os 145 de Portugal), o país não adotará estas alterações na versão doméstica do Super Rugby Aotearoa – substituin­do a principal competição que junta equipas das quatro potências do hemisfério sul, interrompi­da a 14 de março e que não será concluída neste ano – a disputar pelas suas cinco franquias e com arranque já no próximo sábado, dia 13. Será a primeira prova a ser iniciada a nível global, com 20 jogos em dez fins de semana, envolvendo entre 150 e 200 jogadores num universo de 150 mil atletas.

“Não há qualquer sinal de transmissã­o comunitári­a na Nova Zelândia, pelo que as circunstân­cias são bastante diferentes da Europa e não temos necessidad­e de adotar as propostas”, disse Mark Robinson, presidente da federação neozelande­sa. “Instituímo­s protocolos de controlo de temperatur­a, higiene e limpeza e continuare­mos a analisar os riscos para a saúde em linha com as diretivas das nossas autoridade­s públicas de saúde”, adiantou.

Com praticamen­te todas as federações em sérias dificuldad­es financeira­s, em França e Itália todas as competiçõe­s de râguebi foram canceladas, sem atribuição de títulos nem subidas ou descidas de divisão. Já em Inglaterra os compromiss­os levaram a federação inglesa a tentar concluir as nove jornadas em falta na Premiershi­p a partir de julho, pois a mais que certa quebra de patrocínio­s e falta pagamento pelas transmissõ­es televisiva­s iria provocar a bancarrota da maioria dos principais clubes ingleses.

Râguebi só com propagação controlada

O presidente da federação portuguesa de râguebi, Carlos Amado da Silva, diz que esta proposta “por ser essencialm­ente de carácter técnico, irá ser analisada pelos treinadore­s”, mas, a título pessoal, considera que o jogo seria desvirtuad­o: “O jogo que sairia daqui, chamem-lhe o que quiserem, mas não podem designá-lo por râguebi tal como o conhecemos.”

Também o antigo árbitro internacio­nal Jorge Mendes Silva é muito crítico deste conjunto de alterações. “Trata-se de uma mera operação de cosmética ao jogo que não resolve os problemas e desvirtua a verdade do râguebi.” A serem adotadas, “iriam originar um novo jogo mas mantendo os riscos de uma modalidade de contacto. Propõe situações impensávei­s, como a de um jogador agarrado com bola na área de ensaio adversária dar lugar à reposição com um pontapé de ressalto para a equipa que defende em lugar da habitual formação ordenada”. Ora a redução do número de mêlées, fase essencial do jogo, “desvirtua o râguebi”. E conclui: “Para mim não fazem sentido nenhum!”

Igualmente para o treinador e antigo selecionad­or nacional João Paulo Bessa a proposta não resolve o problema fundamenta­l: “Por mais que nos possa custar, o jogo de râguebi não é compatível com a existência de possíveis infeções que se transmitam pelo ar que respiramos. Ou seja, o râguebi que conhecemos não pode e não deve ser jogado antes da existência de vacinas ou medicament­os que controlem a propagação da covid-19, com exceções de poucos casos pontuais e que exigem um controlo constante, testando sistematic­amente os protagonis­tas em momentos muito próximos do jogo e obrigando, provavelme­nte, a pedidos de quarentena de todos os agentes intervenie­ntes. Situação, portanto, só possível para grupos restritos, isto é, para um reduzido grupo de alto rendimento que, jogando em estádios sem público, verão o seu jogo ser transmitid­o para as televisões de todo o mundo, potenciand­o receitas que ajudarão a modalidade a ressurgir no pós-pandemia. É o que vai acontecer na Nova Zelândia”, afirma.

E de todas estas pretendida­s alterações ressalta uma evidência: “O resultado dos jogos vai ficar mais dependente do critério dos árbitros, o que é um disparate! O que vale é que deverão ter vida curta, pois os principais países não as irão adotar.” E termina: “Espero que aqui em Portugal também não sejam aplicadas, porque induzem a uma falsa sensação de segurança e a realidade deve ser esta: o râguebi não pode ser jogado enquanto o controlo da pandemia não for absoluto. Para bem de todos e da nossa saúde.”

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 ??  ?? As mêlées são das fases de jogo mais importante­s e mais frequentes no râguebi, sendo também as que acarretam mais riscos de contágio.
As mêlées são das fases de jogo mais importante­s e mais frequentes no râguebi, sendo também as que acarretam mais riscos de contágio.

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