Linha SNS 24. Mais de quatro milhões de chamadas
No documento, divulgado ontem pela DGS, pode ler-se que de acordo com esta nova estratégia devem ser utilizados testes rápidos de antigénio (TRAg); que pode ser usada a amostra de saliva para a realização dos rastreios laboratoriais; que os rastreios devem ser periódicos nos concelhos com incidência cumulativa a 14 dias superior a 120/100.000 habitantes; e, mesmo que não sejam identificados casos de infeção por SARS-CoV-2 deve manter-se a periodicidade do rastreio.
Testes nas escolas a todos
As alterações a esta norma da DGS estipulam também que a testagem regular em massa deve ser nas escolas a todos os profissionais, desde alunos a docentes, auxiliares e outros. “Nos estabelecimentos de ensino o rastreio deve ser feito ao pessoal docente e não docente; nos estabelecimentos de ensino do ensino secundário, aos alunos, pessoal docente e não docente e nos locais com maior risco de transmissão em meio laboral”, pode ler-se ainda .
Em relação aos testes aos contactos de baixo risco, a norma define figualmente que devem usados “teste moleculares (TAAN), realizados o mais precocemente possível e até ao 5.º dia após a exposição. Se o teste molecular não estiver disponível ou não permitir a obtenção do resultado em menos de 24 horas, deve ser utilizado um teste rápido de antigénio”.
Desde o início da pandemia, foram realizados 8 139 190 testes de rastreio. O dia de maior número de testes foi 22 de janeiro, com 76 965, em plena terceira vaga. O dia de menor número de testes durante esta última fase foi nesta última semana, 21 de fevereiro, com 10 831 testes.
A linha SNS 24 tornou-se um elemento fundamental no combate à covid-19 desde o início da pandemia. É através dela que a maioria dos casos suspeitos é referenciada para testes de rastreio e para acompanhamento nos centros de saúde ou nas unidades hospitalares. O trabalho quase que triplicou e, nos primeiros meses da doença em Portugal, foram muitas as críticas sobre a forma como estava a funcionar, já que o número de recursos humanos de que dispunha não eram suficientes para responder à maioria das chamadas diárias, já que chegou a receber mais de 20 mil chamadas por dia. O governo teve de resolver a situação e reforçar os turnos da linha SNS 24 com mais profissionais. Neste ano, a linha já vai com 1 399 398 chamadas atendidas e encaminhadas, quase tantas como as que recebeu em 2019, 1 485 808, antes da pandemia. No ano de 2020, e relativamente ao ano anterior, o número de chamadas quase triplicou passando para os 4 022 968.