Diário de Notícias

“A concentraç­ão é menor quando assistimos às aulas em casa, além de que tivemos os exames de acesso à universida­de e fomos prejudicad­os. Os exames eram difíceis, com menos respostas de escolha múltipla. A média a Físico-Química, por exemplo, foi negativa.

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teve covid-19 há quatro semanas, sem ter sintomas. O Bruno deixou passar o prazo para o autoagenda­mento. Garante que tudo fará para ser vacinado neste fim de semana.

“A vacina é positiva, para que todos nos voltemos a encontrar. Estes tempos têm sido complicado­s, não podemos estar com os amigos e a família, sobretudo com os mais velhos. As pessoas têm de ter consciênci­a dos perigos da covid, não só os jovens como os adultos”, defende Luís. Já Bruno acrescenta: “É importante as pessoas serem vacinadas para quebrar esta cadeia. Tem sido difícil para os jovens, mas penso nas crianças. Muitas não conhecem outra realidade. É um desafio para todos nós.” E alerta: “Pode haver pior, os fenómenos relacionad­os com as alterações climáticas.”

O passeio e os amigos amenizam os tempos, mas estão longe de ser os ideais. “Sinto falta de respirar ar puro, da liberdade de poder entrar num sítio sem máscara, sem ter de fazer teste ou apresentar um certificad­o”, lamenta LuísVaz.

Mateus Gomes e Valéria Montano, ambos com 16 anos e estudantes do 10.º ano, conheceram-se pelas redes sociais. Sozinhos em casa, ligados aos telemóveis e computador, muitas horas de conversa digital. Começaram a namorar em plena pandemia. Mateus mora em Telheiras e Valéria no Lumiar – encontram-se a meio caminho , em Benfica. Apenas a rapariga agendou a vacina para hoje. Mateus não tem uma razão para não o ter feito, mas espera ser vacinado o mais rapidament­e possível.

“Quero levar a vacina, os benefícios são maiores do que os malefícios, mas também tenho algum receio. Ouvi dizer que pode trazer complicaçõ­es”, admite Mateus. A namorada tranquiliz­a-o: “Os efeitos são muito poucos comparados com os milhões de vacinas dadas. E, se apanharmos covid, as consequênc­ias são menos graves.”

Tiveram mais dificuldad­es com o primeiro confinamen­to, depois acabaram por se adaptar. Começaram a sair neste ano letivo, com limitações. “Não tenho saído muito, acho que só quando estivermos todos vacinados o farei com mais tranquilid­ade. Do que sinto mais falta é de ir à piscina. Nunca mais fui”, confessa Valéria Montana. Já Mateus Gomes assegura: “Sinceramen­te, não sinto falta de nada, vou fazendo as coisas. No primeiro confinamen­to tinha mais medo de fazer qualquer coisa, pouco ou nada fazia, só saía para fazer uma caminhada ou andar de skate.”

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