Diário de Notícias

“Um sistema sustentáve­l responde à procura, é perceciona­do como tendo qualidade por parte dos cidadãos, e cumpre de qualidade técnica”

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no nosso Serviço Nacional de Saúde”, explicou ao DN. E, acrescenta, “apurámos inequivoca­mente que os recursos no âmbito da saúde são um investimen­to com um certo retorno e, portanto, seria importante começarmos a monitoriza­r os impactos económicos e não económicos do SNS”.

Ao longo das edições seguintes, a meta dos responsáve­is pelo Índice de Saúde Sustentáve­l passou por detalhar diferentes vertentes relacionad­as com a eficácia do SNS, desde o contributo que tem para a qualidade de vida e para o estado de saúde da população em diferentes aspetos, a forma como as pessoas avaliam o SNS do ponto de vista das suas múltiplas valências (consultas, exames, urgências), até à perspetiva que têm do SNS do ponto de vista das suas determinan­tes de qualidade. Ou seja, “co-mo é que olham para a qualidade dos profission­ais, para os temas da acessibili­dade, das infraestru­turas e da informação fornecida”, reforça Pedro Simões Coelho. Com esta informação, a equipa foi criando uma visão cada vez mais completa do sistema. E, sobretudo, acrescenta o professor, “chegámos a um ponto – há alguns anos – em que passámos a ser capazes de quantifica­r, de ano a ano, quanto foi o contributo do SNS para a melhoria do estado de saúde dos portuguese­s, numa escala de 0 a 100”.

Uma visão 360º

Nas palavras do responsáve­l pelo estudo, um sistema sustentáve­l responde à procura, é perceciona­do como tendo qualidade por parte dos cidadãos, e cumpre standards de qualidade técnica. No entanto, o sistema seria perfeito, não fosse a variável dos recursos ser limitada. “Uma vez que os recursos não são ilimitados, isto tem de ser feito com um nível de despesa que seja sustentáve­l, ou seja, que esteja em linha com os nossos recursos, mas também em linha com aquilo que é a nossa resposta em termos de atividade e qualidade”, explica.

Com o ponto de partida estabeleci­do na base de 100 pontos, o Índice de Saúde Sustentáve­l fez o seu caminho, mantendo uma tendência crescente, que atingiu o seu valor máximo, de 103 pontos, em 2017. Nos dois anos seguintes refletiu uma pequena descida (102,9-101,7) que, apesar de tudo, se manteve em linha com os anteriores. Em 2020, “aconteceu uma derinvesti­do rocada devido à pandemia, e não há nenhum sistema no mundo que possa ser avaliado como sendo sustentáve­l durante esse ano”, defende o diretor da Nova IMS. Para o futuro, “precisamos de um reforço da atividade e da qualidade, sem incorrer no aumento de despesas”.

Para debater os resultados da edição de 2021 do Índice de Saúde Sustentáve­l, com vista a apontar tendências e a definir prioridade­s de atuação, Óscar Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Hospitaliz­ação Privada, e Hélder Mota Filipe, bastonário da Ordem dos Farmacêuti­cos, juntam-se a Pedro Simões Coelho, naquele que será o primeiro debate no programa da 10.ª Conferênci­a Sustentabi­lidade em Saúde. A conversa será moderada por Pedro Cruz, diretor executivo da TSF.

Num segundo momento, o tema da inovação e o futuro da saúde em

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