Pandemia deixou perceção positiva sobre o SNS
Portugal serão os pontos de partida para debater, entre outros, a disponibilidade e predisposição dos portugueses para a utilização das ferramentas tecnológicas no acesso à saúde, do que são exemplo as teleconsultas. À mesma mesa sentar-se-ão Rui Ivo, presidente do Infarmed; João Almeida Lopes, presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica; Catarina Resende Oliveira, presidente da direção da Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica; Helena Pereira, presidente da Fundação Ciência e Tecnologia; Alexandre Lourenço, presidente da Associação Portuguesa de Adminis-tradores Hospitalares (APAH); e Jaime Melancia, presidente de mesa da assembleia geral da EUPATI Portugal. Graça Freitas, diretora-geral da Saúde fará o encerramento da conferência.
Recordando algumas das conclusões retiradas do Índice de Saúde Sustentável referente a 2020, e apresentado na 9.ª Conferência Sustentabilidade em Saúde, em 2021, aquela que mais salta à vista é a que revela um grande sentimento de apreço em relação ao SNS por parte dos portugueses. Mais de 73% dos portugueses consideram que o SNS respondeu de forma eficaz à pandemia, apesar de uma grande parte da população (cerca de 25%) revelar que deixou de recorrer aos serviços de saúde por medo. De acordo com este índice, o ano de arranque da pandemia traduziu-se numa quebra significativa da atividade e, por isso, o seu valor desceu. Contudo, esta quebra de atividade aconteceu do lado da procura e não da oferta. Ou seja, apesar de a contração da oferta por força da pandemia, houve uma quebra maior na procura dos cidadãos pelos serviços. Outros dados importantes são, por exemplo, os entre 30% e 40% de pessoas que assumem que, em 2020, tiveram sinais de ansiedade e/ou depressão devido ao contexto da covid-19, ou os cerca de 50% da população que sentiu dificuldades no relacionamento com aqueles que lhes são próximos, em particular com os familiares, devido ao contexto da pandemia.