REINO UNIDO
Partido Conservador perdeu centenas de lugares nas eleições locais e o controlo de históricas assembleias em Londres. Sinn Féin perto de vitória na Irlanda do Norte.
Os conservadores de Boris Johnson sofreram perdas significativas nas eleições locais no Reino Unido, deixando escapar mais de 460 cadeiras e o controlo de 11 assembleias locais. O partido do governo perdeu terreno para os liberais democratas (Lib-Dem) no Sul de Inglaterra e as principais joias da coroa em Londres para o Partido Trabalhista.
O principal partido da oposição derrotou os conservadores em Barnet, Noroeste de Londres, na assembleia “favorita” de Margaret
Thatcher, em Wandsworth, no Sul, e em Westminster, distrito onde está localizada a maioria das instituições governamentais, pela primeira vez desde 1964.
Neste que era um teste à sua popularidade, a meio do mandato, após uma série de escândalos, Boris Johnson admitiu que o seu partido teve um momento “difícil” em algumas áreas, mas argumentou que os resultados foram mistos no geral.
“Esta é uma mensagem dos eleitores de que o que querem que façamos... é focarmo-nos nas grandes questões que importam para eles: levar o país adiante, certificando-nos de que recuperamos do choque económico no pós-covid”, disse o primeiro-ministro.
Com quase todos os resultados apurados, à hora de fecho desta edição o Partido Trabalhista conquistara já 144 cadeiras, com o seu líder, Keir Starmer, a afirmar que o partido está “no caminho certo” para vencer as próximas eleições gerais, num dia ofuscado pelas notícias de que a polícia o está a investigar para saber se também ele violou as regras anticovid num evento em Durham no ano passado.
Com a maioria dos resultados contados em Inglaterra, Escócia e País de Gales, a BBC previa que o Partido Conservador perderia mais de 460 lugares nestas eleições locais, com os nacionalistas escoceses, os trabalhistas e os liberais democratas a ganharem terreno.
Segundo as projeções, perspetiva-se também uma vitória histórica na Irlanda do Norte para o Sinn Féin, antiga ala política do IRA, numa mudança que poderá aproximar a perspetiva, antes remota, de uma Irlanda unida.