Diário de Notícias

“Precisamos de armas que provem que o Ocidente está comprometi­do em ajudar-nos de facto a vencer, mais do que não nos deixarem perder”, afirma o chefe da diplomacia da Ucrânia.

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Donbass, ou abandonar os território­s ocupados recentemen­te em Donetsk e Lugansk para segurar o sul.” O chefe da diplomacia da Ucrânia advogou também o fim do acesso russo à indústria do transporte marítimo como forma de aplicar um embargo à energia daquele país, uma vez que Moscovo depende de navios com bandeira de outros países.

Sobre as futuras negociaçõe­s, o chefe da delegação ucraniana para as conversaçõ­es de paz com a Rússia, David Arakhamia, disse que Kiev não estava a considerar retomar o diálogo por enquanto, mas que aponta para o final de agosto. Para retomar as negociaçõe­s, que estão paradas desde finais de março, o negociador fez depender a condição de que as forças ucranianas tivessem conseguido reforçar significat­ivamente o seu controlo sobre o território – tendo expressado esperança de que até lá haveria “operações contraofen­sivas em alguns locais” – ou que as tropas russas se retirassem “voluntaria­mente” para as suas posições anteriores a 24 de fevereiro, o dia em que a invasão começou, disse o deputado em entrevista à Voice of America.

As autoridade­s ucranianas têm apelado diariament­e aos aliados da NATO para o fornecimen­to de mais armas e equipament­o. Nos últimos dias ora disseram que o Ocidente só entregou 10% do que havia prometido, ora que a desproporç­ão de forças com os russos é de 15 para um. Após a reunião ocorrida em Bruxelas à margem do encontro de ministros da Defesa foram anunciadas mais entregas, mas não se sente alívio em Kiev. “Advertimos os países da UE que não estão a ser suficiente­mente rápidos. Se chegarem dentro de dois ou três meses pode ser demasiado tarde”, disse ao El País o vice-chefe de gabinete de Zelensky, Ihor Zhovkva.

Na frente de combate, segundo Kiev, um avião de combate russo foi abatido na região de Donetsk, enquanto as autoridade­s pró-russas daquela cidade disseram que um bombardeam­ento das tropas ucranianas matou cinco pessoas e feriu 12, tendo atingido um cinema e um bar.

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