Interrogados ama, mãe e padrasto de menina morta
A ama, a mãe e o padrasto da menina de três anos que morreu segunda-feira em Setúbal, devido a alegados maus-tratos, estiveram ontem a prestar declarações na Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal, disse à Lusa fonte policial. A ama, que terá tido a menina a seu cargo durante cinco dias a pedido da mãe, foi a primeira a dar entrada nas instalações da PJ, cerca das 19.00 horas, pouco antes de uma outra equipa da PJ trazer a mãe e o padrasto da vítima. Até à hora de fecho desta edição, nenhuma pessoa tinha sido formalmente detida. A ama terá justificado os ferimentos que a menina apresentava com uma queda de uma cadeira, mas a PJ de Setúbal já dava como certo que a criança tinha sido sujeita a maus-tratos, mesmo antes da autópsia que foi realizada ontem. Segundo disse ontem aos jornalistas a avó da menina, Rosa Tomás, os sinais de maus-tratos já seriam evidentes quando a mãe foi buscar a criança a casa da ama, na segunda-feira de manhã. Mas só durante a tarde, a família terá alertado as autoridades, que mobilizaram para o local uma equipa de emergência médica. A criança foi assistida na casa da mãe e transportada ao Hospital de São Bernardo, onde foi sujeita a manobras de reanimação, mas não sobreviveu.