Diário de Notícias

I LIGA A continuida­de do treinador Sérgio Conceição é o grande trunfo do FC Porto para a nova temporada, na qual não vai contar com o talento de Fábio Vieira e, em princípio, com Vitinha, que deve ser anunciado em breve no PSG. Contudo, solucionar os prob

Dragões,

- TEXTO NUNO COELHO

Campeão e vencedor da Taça de Portugal, o FC Porto inicia esta sexta-feira a nova época, uns dias depois de os rivais o terem feito e já com a mira na conquista de mais um troféu, a Supertaça, que vai disputar frente ao Tondela, da II Liga, em Aveiro, no dia 30. Com Sérgio Conceição ao leme pela sexta época consecutiv­a, os dragões arrancam para o novo ano ainda sem aquisições confirmada­s, mas sabendo que, à partida de FábioVieir­a para o Arsenal, vai somar-se a de Vitinha para o Paris Saint-Germain (ver caixa). São perto de 70 milhões a entrarem já nos cofres da SAD, mas estas ausência vão complicar, segurament­e, os planos do treinador para 2022/23, que já tinha no centro da defesa um problema para se entreter, isto caso a saída de Chancel Mbemba, em inal de contrato, se confirme.

Nada a que Sérgio Conceição não esteja habituado. Afinal, chegou ao clube numa altura de aperto financeiro e, até aqui, já conquistou três vezes a I Liga. Resta saber se o clube conseguirá encontrar no mercado soluções à altura dos jogadores que saíram – não havendo, por agora, indícios de que nova fornada de jovens capazes de entrar no onze esteja a caminho (Gonçalo Borges, João Marcelo e Loader são os nomes apontados para integrar os trabalhos de pré-época).

Jorge Andrade, antigo defesa que represento­u o FC Porto durante duas temporadas, considera que o mais importante, para começar, é saber “se os jogadores recuperara­m bem depois do ano que fizeram”: “Foi uma época com grande desgaste, muita intensa, e, com a pandemia, as temporadas têm estado diferentes. Ainda por cima, este é ano de Mundial e o plantel está, para já, mais curto, devido às várias saídas. Certamente os responsáve­is do FC Porto esperam que tanto jogadores, como treinadore­s, tenham aproveitad­o as férias para descansar, porque este vai ser um ano duro para toda a gente.”

Quanto ao grande objetivo, Jorge Andrade diz que “revalidar o título é o óbvio”. “Nos três grandes, quem, no início da época, não pensar nessa vitória não está a ser realista. Mas claro que, depois da época que fez, a responsabi­lidade do FC Porto passa também por manter o mesmo nível”, acrescenta o antigo internacio­nal, alertando todavia para o facto de “depois das saídas do Fábio, do Vitinha e do Mbemba” existirem posições-chave na equipa “que não estão cobertas”.

Aquisições e ambições

O antigo central considera que as lacunas principais estão exatamente na posição que ocupou enquanto jogador. “Faltam ainda peças, ainda estão algo desequilib­rados aí, até porque o Pepe já não é nenhuma criança e este vai ser um ano de muito sacrifício. Têm de contratar para esse lugar, podem dar o passo em frente em relação ao Fábio Cardoso, que está no plantel, ou apostar noutro, mas mesmo assim têm de garantir mais jogadores para o lugar. Fala-se no David Carmo, que já todos conhecemos, enquanto sobre o brasileiro João Victor não há tanto conhecimen­to, mas sei que jogou pelo Corinthian­s esta semana na Libertador­es e dizem que o fez bem”, diz.

Ainda assim, segundo Jorge Andrade não há motivos para grandes pressas. “Acho que o FC Porto tem o tempo do seu lado, pois o mercado não fecha agora e dá para escolher os alvos de uma forma tranquila, em vez de contratar precipitad­amente.

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