“Cristãos-novos” gera polémica
A referência de Luís Montenegro a “cristãos-novos” no congresso, ao falar da defesa do equilíbrio das contas públicas pelos Governos do PS, levou a que fosse criticado por usar a palavra que designa judeus forçados a converter-se ao catolicismo. “A única coisa que salva Montenegro de ter dito uma das coisas mais antissemitas ditas por um líder de partido político em Portugal é provavelmente tê-lo dito a coberto de uma das maiores ignorâncias de um líder de partido político acerca da História do país que quer governar”, escreveu Rui Tavares, do Livre, no X (ex-Twitter).
na sabedoria dos portugueses” quando chegar 10 de março de 2024.
Sendo certo que um discurso à hora dos telejornais em que o presidente do PSD apresentou prioridades dirigidas a pensionistas e a professores (ver texto ao lado) contrastaria com a presença de Pedro Passos Coelho caso tivesse sido o mais recente primeiro-ministro social-democrata a surgir de surpresa no encerramento do 41.º Congresso do PSD, há dúvidas sobre se a mudança da principal referência nas opções políticas de Luís Montenegro garantirá ou não bons resultados.
Reconhecendo o descolamento em relação a Passos Coelho, André Azevedo Alves, professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade
Católica, adverte que as mensagens de Luís Montenegro para recuperar “segmentos de eleitores que o PSD perceciona ter perdido” poderão constituir “uma jogada de alto risco”. “Arrisca-se a perder votos à direita por fazer estas promessas aos professores e aos pensionistas. E tenho dúvidas de que os ganhos nos funcionários públicos e nos pensionistas compensem”, refere, identificando dois grandes riscos: as medidas poderem serem vistas como “desespero por já não saber o que fazer em vez de ter uma estratégia consolidada” para que o PSD aumente intenções de voto que se mantêm contidas, apesar da demissão de António Costa, na sequência da Operação Influencer, e o “risco de tudo isto parecer postiço” quando o PS