Diário de Notícias

ANA e Alta Velocidade na última reunião de Costa

Derradeiro Conselho de Ministros deste Executivo decorre hoje no Porto, com a mobilidade no centro da agenda. António Costa disse ontem que é dever do seu Governo “deixar tudo preparado” para quem o suceder.

- TEXTO LEONARDO RALHA* Com LUSA

Governo vai aprovar resolução que obriga a fazer obras no aeroporto de Lisboa.

Oúltimo Conselho de Ministros de António Costa realiza-se hoje nos Paços do Concelho da Câmara do Porto, cidade a que o ainda primeiro-ministro chamou ontem “capital da descentral­ização”, com o foco na mobilidade e na construção e manutenção de infraestru­turas, tanto no que toca à futura rede de Alta Velocidade ferroviári­a, como no atual aeroporto internacio­nal de Lisboa.

Em declaraçõe­s proferidas durante a última edição da iniciativa Governo + Próximo, na qual mobilizou dezenas de ministros e secretário­s de Estado em diversas iniciativa­s no Distrito do Porto, Costa disse que o Conselho de Ministros de hoje servirá para a aprovação de medidas preventiva­s que permitam consolidar o percurso da linha ferroviári­a de AltaVeloci­dade que permitirá revolucion­ar a ligação por comboio entre Lisboa, Porto, Braga e a cidade galega deVigo.

A definição do percurso foi apontada pelo governante socialista como um passo essencial para que a muitas vezes adiada AltaVeloci­dade possa finalmente avançar na próxima legislatur­a. “Desde que não haja oposição por parte do líder do principal partido da oposição e do futuro líder do atual partido no Governo, em janeiro teremos as condições técnicas para lançar o concurso para desenvolve­r esta linha de AltaVeloci­dade, cuja decisão final será já decidida pelo novo Governo”, referiu o primeiro-ministro.

Por outro lado, o primeiro-ministro em vésperas de ser exonerado avançou que o Conselho de Ministros irá aprovar uma resolução que impõe à ANA – Aeroportos de Portugal a execução imediata de obras que constam do conjunto de obrigações assumidas na contrato de concessão à empresa controlada pelos franceses da Vinci. Em causa estão obras necessária­s no Terminal 1 do aeroporto internacio­nal de Lisboa, cujo mau estado tem sido frequentem­ente denunciado, e também a desafetaçã­o da utilização militar de Figo Maduro, que deverá passar a servir como placa de estacionam­ento de aviões, melhorando a operaciona­lidade da infraestru­tura aeroportuá­ria.

António Costa disse ontem que, apesar dos constrangi­mentos constituci­onais, é dever do seu Governo “deixar tudo preparado” para quem o suceder e assegurar a continuida­de do país na execução dos fundos comunitári­os e gestão do dia a dia.

“Mesmo com os constrangi­mentos constituci­onais que o Governo terá a partir da próxima sexta-feira, o país tem de continuar a funcionar. É preciso assegurar continuida­de”, afirmou António Costa.

O primeiro-ministro garantiu que essa continuida­de “é indiscutív­el” em matérias como os planos de execução do Plano de Recuperaçã­o e Resiliênci­a, os planos de programas como o Portugal 2030, mas também na gestão do dia a dia.

“Mas é também dever deste Governo, mesmo para as matérias que não possa decidir, deixar tudo preparado para quem nos suceda o possa fazer no mais curto espaço de tempo”, acrescento­u.

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