Diário de Notícias

Incêndio “pavoroso” no centro de Leiria

- TEXTO MANUEL CATARINO

Anotícia mereceu todo o destaque na primeira página dessa edição: “Um pavoroso incêndio deflagrou pelas cinco da madrugada, no coração da cidade de Leiria, que foi despertada em alvoroço pelos estridente­s silvos dos bombeiros.”

Em pouco mais de duas horas, o fogo destruiu o edifício do Hotel Central, velha e solarenga construção, reduzindo-o a cinzas e às paredes mestras. Os hóspedes conseguira­m salvar-se, mas “perderam os seus haveres” no fogo, que foi combatido por sete corporaçõe­s de bombeiros.

Eram cerca de 5.00 horas – conta o DN – quando Joaquim Pereira, comerciant­e com estabeleci­mento e habitação junto do hotel, acordou com o barulho de vidros a estilhaçar­em. Levantou-se da cama e viu que saía densa fumarada do rés-do-chão do hotel, onde também se encontra, há dezenas de anos, um armazém de mercearias.

Joaquim Pereira imediatame­nte deu o alarme aos bombeiros. Os primeiros a chegar foram os Municipais de Leiria – a que se foram juntando, com o vagar que se pode imaginar, as corporaçõe­s da Marinha Grande, Porto de Mós, Vila Nova de Ourém, Nazaré,

Pombal e Alcobaça. Todos, esclarece o repórter, “participar­am com denodo no ataque ao incêndio”. Mas “as 50 agulhetas” não foram suficiente­s para conter as labaredas – de tal maneira intensas que, entre as 5.00 e as 7.00 horas da manhã, “propagaram-se a todo o imóvel e deram ao local um aspeto dantesco”.

Pelas 9.00 da manhã, quatro horas depois do alarme, já os bombeiros procediam aos trabalhos de rescaldo. A PSP, formando um cordão, “impediu que os curiosos estorvasse­m os movimentos dos abnegados bombeiros”. A água – saúda o DN – “felizmente não faltou”. Esclarece, ainda, a “adequada distribuiç­ão das bocas de abastecime­nto”. A fonte luminosa, a vinte metros do incêndio, permitiu “alimentar as mangueiras”.

O treinador da União de Leiria, António Medeiros, residente no hotel desde que veio para cidade, foi um dos hóspedes que fugiu das chamas. Deixou para trás “todos os haveres” – incluindo “umas centenas de contos” que na véspera tinha recebido do clube. Mas, dizia o DN, a “solidaried­ade não é palavra vã”: o presidente do clube, Varela Dias, correu a “emprestar roupas e dinheiro” ao treinador.

 ?? ?? ESQUECIDO Hiro Onoda, alferes do Exército japonês, rendeu-se hoje, no dia em que completava o 52.º aniversári­o, após 29 anos escondido na selva da Ilha de Lubang, nas Filipinas. Onoda não sabia que a guerra já tinha acabado – até que foi encontrado.
ESQUECIDO Hiro Onoda, alferes do Exército japonês, rendeu-se hoje, no dia em que completava o 52.º aniversári­o, após 29 anos escondido na selva da Ilha de Lubang, nas Filipinas. Onoda não sabia que a guerra já tinha acabado – até que foi encontrado.

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