Associações académicas juntas nas reivindicações
Ainiciativa partiu da Associação Académica de Coimbra e logo o movimento se estendeu a todo o país. Os estudantes universitários estão unidos nas reivindicações que os levam a manifestar-se hoje, em Lisboa.
O primeiro mote foi o da habitação, sob o lema: Teto, Habitação e Direito à Educação. Dias depois, a Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (AEFCSH) juntou novo tema para esta manifestação: Queremos mais Abril Aqui. E, aos problemas habitacionais, junta outros assuntos que preocupam a academia.
“Esta manifestação confluiu dois motes. A Académica de Coimbra lançou o apelo por causa da habitação e nós lançámos o Queremos mais Abril Aqui, algo mais vocacionado para as questões do próprio Ensino Superior”, explica Guilherme Vaz, vice-presidente da AEFCSH. “Além da questão do alojamento, temos mais ideias para levar a esta manifestação como a gratuitidade do Ensino Superior. Neste aspeto, estamos muito longe da gratuitidade, com vários entraves económicos à sua frequência, como taxas de inscrição, emolumentos e a barreira principal, que é a propina. Sabemos de muitos estudantes que acabam por abandonar os estudos por não terem dinheiro”, avança este líder estudantil. “Ao mesmo tempo temos a questão da representação estudantil nos órgãos de gestão do Ensino Superior: há uma insuficiência e somos contra isso.”
Mariana Barbosa, vice-presidente da Federação Académica de Lisboa (FAL), acredita que hoje estarão nas ruas, a partir das 14.30 “mais de mil estudantes, de todo o país, dado que também vêm muitos autocarros de outras cidades”. E acrescenta: “A habitação é, no nosso entender, a maior barreira de acesso ao Ensino Superior. Mas há outras dificuldades no Ensino Superior, a nível pedagógico e da propina”, acrescenta a vice-presidente da FAL. “Escrevemos um caderno reivindicativo que temos estado a apresentar aos vários partidos, onde a habitação é uma das questões fundamentais, para a qual apresentamos soluções”, conclui.