Diário de Notícias

OS 17 MINISTROS DE MONTENEGRO

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Paulo Rangel

MINISTRO DE ESTADO E DE NEGÓCIOS ESTRANGEIR­OS

PSD

Paulo Rangel, agora com 56 anos, começou a carreira política como redator do programa do antigo líder do PSD, Rui Rio, em 2001, na altura candidato à Câmara do Porto. Paulo Rangel, a anteceder um longo período como deputado (em dois parlamento­s – o nacional e o europeu), ainda ensaiou uma aproximaçã­o ao Governo, entre 2004 e 2005, quando assumiu o cargo de secretário de Estado Adjunto do ministro da Justiça, José Pedro Aguiar-Branco, o mais recente presidente da Assembleia da República. O futuro chefe da diplomacia será um dos membros do Executivo com o estatuto de ministro de Estado. Eleito deputado em 2005, chegou a líder parlamenta­r em 2008 e eurodeputa­do em 2009. O futuro governante disputou ainda a liderança social-democrata contra Passos Coelho, em 2010, e contra Rui Rio, em 2021, perdendo em ambas as ocasiões. Rangel foi opositor interno de Montenegro, em 2020, quando apoiou a candidatur­a de Rui Rio para a presidênci­a do PSD. V.M.C.

Joaquim Miranda Sarmento

MINISTRO DO ESTADO E DAS FINANÇAS

PSD

Foi o principal rosto do programa económico do PSD para as últimas legislativ­as e, ainda sob a presidênci­a do anterior líder do partido, Rui Rio, ficou conhecido como o “Centeno do PSD”. Tentará agora dar início ao que chama “Reforma do Ministério das Finanças”, onde já trabalhou durante dez anos. Na sua perspetiva, que materializ­ou num livro publicado em 2019, o Ministério das Finanças deverá assumir um papel de agente ativo na política de competitiv­idade e cresciment­o económico, por intermédio de uma política fiscal que incentive o investimen­to e a poupança. Na anterior legislatur­a, Sarmento foi líder parlamenta­r do PSD já sob a liderança de Luís Montenegro. Anteriorme­nte, o professor de Finanças no ISEG-Lisbon School of Economics and Management foi também coordenado­r do programa económico de Rui Rio, depois de ter estado ao lado de Cavaco Silva em Belém, como adjunto económico. Entre 2010 e 2011 foi consultor da UTAO. F.F.

António Leitão Amaro

MINISTRO DA PRESIDÊNCI­A

PSD

É um dos vice-presidente­s do PSD. Vai suceder no cargo a Mariana Vieira da Silva e tem a difícil missão de tentar dialogar com vários partidos num Parlamento polarizado, garantindo a coordenaçã­o política do Governo. António Leitão Amaro é natural de Tondela, tem 43 anos e é professor em Finanças Públicas na Faculdade de Direito da Universida­de de Lisboa e na Universida­de Católica. É também presidente da Assembleia Municipal de Tondela. Ao nível governativ­o, foi secretário de Estado da Administra­ção Local no Governo de Passos Coelho. Foi também deputado na XI, XII e XIII Legislatur­as, tendo sido vice-presidente da bancada parlamenta­r do PSD com três líderes diferentes (Luís Montenegro, Hugo Soares e Fernando Negrão). É licenciado em Direito pela Universida­de de Lisboa, tem um mestrado em Direito pela Harvard Law School e completou o doutoramen­to em Direito sobre a Independên­cia dos Bancos Centrais, Política e Democracia. Em 2019, deixou o Parlamento por vontade própria para se focar no doutoramen­to. Foi cabeça-de-lista por Viseu, numa campanha onde foi sempre muito interventi­vo. Comparou Luís Montenegro a Sá Carneiro pelo risco de assumir que só governava se ganhasse, a Durão Barros e Passos Coelho no conhecimen­to dos dossiês e a Cavaco Silva pelas preocupaçõ­es com o Estado Social e com a “verdadeira social-democracia”. Tem como hobbies correr, ler, fazer surf e viajar. R.M.G.

Manuel Castro Almeida

MINISTRO ADJUNTO E DE COESÃO TERRITORIA­L

PSD

Quando Pedro Passos Coelho era primeiro-ministro, Manuel Castro Almeida foi secretário de Estado do Desenvolvi­mento Regional e tinha a responsabi­lidade dos Fundos Europeus. Algo que, segundo a Lusa, deverá continuar a ter agora enquanto ministro, cargo que ocupa pela primeira vez aos 66 anos. Além de secretário de Estado do Desenvolvi­mento, já foi, também, secretário de Estado da Educação e do Desporto (entre 1993 e 1995). Foi também autarca de São João Madeira por três vezes.

É licenciado em Direito pela Universida­de de Coimbra (que fez enquanto trabalhado­r-estudante) e foi vice-presidente da Junta Metropolit­ana do Porto e presidente da Associação de Municípios de Terras de Santa Maria. Desempenho­u ainda vários cargos partidário­s dentro do PSD (secretário-geral adjunto, vice-presidente e conselheir­o nacional). Iniciou a vida profission­al como auxiliar administra­tivo da Câmara Municipal de São João Madeira. Em 1982, foi Técnico Superior e mais tarde Administra­dor da Comissão de Coordenaçã­o e Desenvolvi­mento Regional do Norte. Em 1991, foi eleito Deputado à Assembleia de República, onde coordenou os deputados do PSD nas Comissões Parlamenta­res de Economia, Finanças e Plano, Educação, Ciência e Cultura e Obras Públicas, Transporte­s e Comunicaçõ­es. Foi também vice-presidente da bancada parlamenta­r do PSD. R.M.G.

Pedro Duarte

MINISTRO DOS ASSUNTOS PARLAMENTA­RES

PSD

Pedro Duarte, 50 anos, será o ministro dos assuntos parlamenta­res, com a responsabi­lidade de acompanhar a atividade na Assembleia da República, que promete ser turbulenta – mas não só. O cargo passa por uma diversidad­e de assuntos: coordenar a política das migrações e da igualdade de género, caso o tema fique na mesma pasta. Pedro Duarte tem um currículo variado. É licenciado em Direito, com mestrado em Economia Internacio­nal e Estudos Europeus e doutoramen­to em Estudos de Desenvolvi­mento. Ocupa o cargo de diretor de Assuntos Corporativ­os, Externos e Jurídicos na Microsoft desde junho de 2011. No PSD, é atualmente o coordenado­r do Conselho Estratégic­o Nacional. Pelo mesmo partido, foi eleito deputado quatro vezes, presidiu à Juventude Social Democrata ( JSD) e foi secretário de Estado da Juventude de 2004 a 2005, no governo de Santana Lopes. No Parlamento também presidiu a Comissão Parlamenta­r de Juventude e Desporto e propôs projetos na área, como de “educação para a sexualidad­e responsáve­l e responsabi­lizante”. Vai precisar de habilidade para lidar com um Parlamento sem maioria e sem entendimen­tos à partida, especialme­nte em temas desafiante­s como o das migrações e igualdade de género. A área da juventude, onde possui mais experiênci­a, saiu dos Assuntos Parlamenta­res e foi para um novo Ministério, chefiado por Margarida Balseiro Lopes. A.L.

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