Diário de Notícias

Conceição: “Para jogar no FC Porto não basta ter contrato”

Na véspera de decidir, frente ao V. Guimarães, a presença na final do Jamor, o treinador falou sobre os quatro jogadores que afastou e distribuiu recados.

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Sérgio Conceição deixou ontem um recado aos seus jogadores, na sequência do afastament­o de Jorge Sánchez, André Franco, Iván Jaime e Toni Martínez, que se treinam à margem do plantel do FC Porto porque o treinador não está satisfeito com o rendimento que têm tido. “Posso decidir que seis ou sete jogadores fazem trabalho específico, em horários diferentes. Para jogar no FC Porto não basta ter contrato, seja para jogar ou trabalhar. Toda a gente percebe o que quero dizer”, sublinhou na antevisão à 2.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal, com o V. Guimarães, que se realiza hoje (20.15, SportTV ) no Estádio do Dragão.

O FC Porto chega a esta partida numa série de quatro jogos, após a paragem das seleções, em que apenas venceu um, precisamen­te com os vimaranens­es (1-0) na 1.ª mão da meia-final. Apesar disso, Conceição não esclareceu sobre se colocou o seu lugar à disposição do presidente Pinto da Costa. “Querem tirar o FC Porto do mapa do futebol. Eu nunca serei um problema: disse que estava tranquilo, não estou amarrado a nada, estou a fazer o que gosto, sou bem pago para ganhar jogos, não estou a conseguir, mas é normal”, disse.

Aliás, o treinador portista não esclareceu algumas afirmações que fez após o empate de sábado com o Famalicão, nomeadamen­te sobre a alegada estratégia de algumas pessoas: “Toda a gente tem estratégia­s, apoiar menos, mais ou não apoiar, tirar um lenço branco e acenar. Todos podem fazer o que bem entendem, tenho liberdade para montar a equipa que entendo e a melhor estratégia para o jogo.”

Sobre a partida desta noite com o V. Guimarães, para o qual não conta com o lesionado Diogo Costa e o castigado Evanilson, Sérgio Conceição recusou a ideia de que vencer a Taça de Portugal salvará a época. “Não é para salvar nada. É para tentar estar presente na decisão de um título. Em cinco anos fomos quatro vezes à final e teremos de ser competente­s para ultrapassa­r o Vitória”, argumentou, lembrando que as duas equipas “conhecem-se bem”, pelo que admitiu que possa haver “uma ou outra mudança” na forma de abordar a partida.

A antevisão ao jogo ficou ainda marcada pelas críticas ao árbitro que reverteu um eventual penálti sobre Francisco Conceição frente ao Estoril, depois de conhecidos os áudios. “Foi revertido de forma “excessiva”, segundo disseram os responsáve­is da arbitragem. O que me espanta é o árbitro estar quase a pedir a bênção do VAR para ser anulado o penálti. Inacreditá­vel. Já não sei quem manda, se o arbitro ou o VAR”, rematou.

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