Direita vai “revisitar” a agenda laboral do “PS e da esquerda radical”
AD e IL recusam “imposição de ideologias bloqueadoras da economia e das relações laborais” que o PS impôs na “legislação laboral contra a concertação social”. Ministra do Trabalho, Maria do Rosário Ramalho, anunciou que a primeira reunião da Concertação S
que são muitas vezes estas plataformas digitais que dão “oportunidades de trabalho a muitos imigrantes que vêm para Portugal”, acusando BE e Chega de serem “duas forças anti-inovação”.
“Temos a oportunidade de revisitar a agenda laboral que o PS e a esquerda radical impuseram ao país”, salientou, rejeitando que seja a Assembleia da República a definir tarifas ou valores neste ou em qualquer tipo de serviço.
“Esta é uma visão que não só é anacrónica como é destrutiva para a economia”, considerou.
Também o líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, saudou a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Ramalho, por ter adiantado que pretende “revisitar o enquadramento legal” do mercado de estafetas e motoristas das plataformas digitais, “e combater com mão firme as situações irregulares”.
“Defendemos o mercado regulado, livre de complexos ideológicos, intenções persecutórias ou revisionismos históricos, que respeite o trabalho digno”, defendeu, salientando que os centristas não esquecem os taxistas.
Pelo Chega, a deputada Felicidade Vital afirmou que “a defesa dos trabalhadores deixou definitivamente de ser um exclusivo da esquerda” e alertou para um "mercado que está completamente inundado de mão-de-obra barata e sem direitos, o que facilita a escravização de imigrantes”.
À esquerda, o deputado do PS Tiago Barbosa Ribeiro enumerou várias medidas implementadas pelos anteriores governos socialistas no âmbito da legislação laboral, nomeadamente a Agenda do Trabalho Digno.
“A valorização dos direitos dos trabalhadores foi mesmo o que fizemos ao longo dos últimos anos e nesse processo contamos no essencial com a oposição do PSD e da direita”, criticou.
Pelo BE, o deputado José Soeiro salientou que os bloquistas defendem inovação mas ela não é “desculpa para regressar ao passado”, “obrigando alguém a trabalhar 14 horas por dia”.
A líder parlamentar do Livre, Isabel Mendes Lopes, defendeu a necessidade de regular este mercado, fixar tarifas de pagamento e combater a precariedade e deixou críticas à IL.