Grande incêndio na Universidade do Porto
Há 50 anos muito do património da Universidade do Porto ficou destruído devido a um grande incêndio. “Na madrugada de ontem: destruída pelo fogo parte da Universidade de Porto”, titulava o DN. A encimar a notícia, uma fotografia dava conta da dimensão dos estragos: “O Salão Nobre transformado em escombros” era a legenda. “Violento incêndio destruiu durante a madrugada de ontem parte considerável da Universidade do Porto, incluindo a Reitoria, os arquivos e praticamente todos os serviços centrais, o Senado e o Salão Nobre e instalações das Faculdades de Ciências e de Economia”, podia ler-se. “Desconhecem-se as causas do sinistro. Os prejuízos são incalculáveis”, acrescentava o DN.
Este grande incêndio na Universidade do Porto começou por volta das quatro da manhã e foi um taxista a dar o alarme, ao passar no local e ao aperceber-se das chamas. “Imediatamente parou o carro e foi bater à porta principal, a fim de acordar o empregado que ali se encontrava, Américo Moreira Alves. Depois de o ter feito, o mesmo motorista de táxi, servindo-se do seu rádio, avisou a central, que por sua vez reclamou os bombeiros.”
A aflição instalou-se. “Por seu turno, o empregado, desconhecendo a extensão do sinistro, muniu-se de um extintor e correu para o local [as chamas começaram no segundo piso do edifício], mas achou-se impotente perante o fogo. [...] Pelas 5 horas, o sinistro atingiu uma fase de grande violência quando se verificou a derrocada do telhado e do respetivo travejamento. Rolos de fumo e faúlhas subiram pelo ar, espalhando-se em redor do edifício.”
Do Ultramar chegavam notícias. Prospeção de petróleo no Estado de Angola: “Concedidos direitos de pesquisa e exploração a mais três sociedades”, avançava o DN. Ainda em Angola era adjudicada a construção da Barragem de Gandgelas, no Cunene. “[...] A barragem custará cerca de 40 mil contos e será uma estrutura de betão com 26 metros”, anunciava o jornal.
Em Nova Iorque, nos Estados Unidos, havia protestos. “Barricados na Estátua da Liberdade” era o título. “Protestando contra as injustiças sociais, 25 pessoas barricaram-se dentro da Estátua da Liberdade. [...] Os manifestantes prometeram continuar no local o tempo necessário para que ‘a sua mensagem seja ouvida’.”