Diário de Notícias

“Benfica é um clube exigente, mas dei o meu melhor”

Treinador alemão admitiu que muito provavelme­nte as águias não serão campeãs esta época e defendeu a importânci­a de Di María. Treinador alemão diz que nem tudo correu bem esta época e lamentou os quatro pontos perdidos em casa frente ao Farense e ao Casa

- TEXTO NUNO FERNANDES

Ofuturo de Roger Schmidt, tal como o DN já revelou, será alvo de uma apreciação por parte da SAD só no final da época, após feito um balanço. O treinador alemão foi ontem questionad­o sobre se tem condições para continuar, mas não respondeu taxativame­nte, falando num clube “exigente” onde é preciso “apresentar resultados e melhorar sempre”, mas disse ver sinais de que a equipa pode crescer.

“Sei que as perspetiva­s da equipa são muito boas e cabe-nos a nós tomar as melhores decisões para a próxima época e estarmos preparados para vencer títulos. O futebol é isso, há momentos de desilusão e no ano passado fomos campeões. Tivemos jogadores novos e precisamos de tempo para desenvolve­r a equipa, mas a perspetiva geral da equipa é muito boa”, referiu Roger Schmidt, no lançamento do jogo de hoje com o Farense, no Algarve (20.15, Sport TV1).

Nem o alegado interesse do Bayern Munique na sua contrataçã­o – o internacio­nal alemão Lothar Mathaus apontou-o aos bávaros – fez Schmidt mudar o tom do discurso: “Para mim é um orgulho ser treinador do Benfica. As minhas palavras foram claras quando assinei o novo contrato, sabia o que estava a fazer e não mudei de ideias. Dei o meu melhor, com todos os elementos do clube, incluindo o presidente, os diretores e todos os que me ajudaram no Seixal. Fazer parte do Benfica é fantástico, mas também é exigente, temos de apresentar resultados. Temos de melhorar sempre.”

O técnico falou à hora do almoço, ainda antes de saber o desfecho do Sporting-V. Guimarães, mas admitindo que a diferença pontual para o líder Sporting será muito difícil de anular. “Muito provavelme­nte não seremos campeões esta época, mas não vamos desistir nem cruzar os braços. Temos de fazer o nosso papel, vencer os próximos cinco jogos para termos uma hipótese no campeonato”, analisou.

Repetindo que “o clube é exigente e quer sempre vencer títulos”, lembrou que ao longo da época “o Benfica perdeu jogos decisivos no caminho na Taça da Liga, Taça de Portugal e agora também na Liga Europa”, assumindo-se por isso “desapontad­o”. E deu um exemplo: “Se virmos que perdemos quatro pontos em casa como Farense e o Casa Pia, estes jogos são um bom exemplo desta época. São jogos que temos de ganhar claramente por 3-0, 4-0 ou 5-0 e empatámos os dois. Se tivessemos ganho a situação seria diferente agora. Tenho de considerar tudo isto e claro que temos de ser melhores. Tento desenvolve­r os jogadores, mas temos de tirar ilações desta época. Temos de melhorar”.

O treinador discordou ainda da ideia de que a qualidade coletiva da equipa diminua com presença de Di María em campo. “É bom que possamos fazer jogos bons sem o Di María ou o Rafa, mas são jogadores-chave para nós, basta ver as estatístic­as. São os jogadores com mais golos, assistênci­as, estão sempre ligados ao momento ofensivo e a criar oportunida­des. Não tenho dúvidas sobre a qualidade do Ángel, está a fazer uma grande época. Está sempre em forma, faz muitos jogos, esta é das épocas em que jogou mais na sua carreira.

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Schmidt tem pouca fé na conquista do campeonato, mas diz que as águias não vão baixar os braços.

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