Francisco Assis e ex-ministros no topo da lista do PS
Ana Catarina Mendes e Fernando Medina deverão ser os números dois e três nas eleições de 9 de junho. Renovação entre socialistas pode ser total.
OPS deve escolher hoje Francisco Assis para cabeça de lista às eleições europeias, com os ex-ministros Ana Catarina Mendes e Fernando Medina nos lugares seguintes. Ao que o DN apurou, além da inclusão deste trio, que tem estado discreto na última fila do hemiciclo, haverá uma profunda renovação dos eurodeputados socialistas, admitindo-se que possa ser total.
Francisco Assis, que deve tornar-se presidente da Assembleia da República em 2026, na segunda metade da legislatura, pelo acordo entre PSD e PS que ultrapassou o impasse na eleição de Aguiar-Branco, conseguiu ganhar primazia em relação ao antigo comissário europeu António Vitorino, tido como a hipótese mais forte para liderar os socialistas nas europeias. Para Assis, que apoiou Pedro Nuno Santos na disputa com José Luís Carneiro, é um regresso. Foi eurodeputado entre 2004 e 2009, encabeçando a lista do seu partido numas eleições em que a sua vitória foi considerada “poucochinha” por António Costa, rival do então secretário-geral António José Seguro.
Caso se confirme a inclusão na lista que será aprovada nesta noite, numa reunião da Comissão Política no Largo do Rato, Ana Catarina Mendes e Fernando Medina, antigos ministros dos Assuntos Parlamentares e das Finanças, sairão do limbo político em que entraram no arranque da legislatura. Ao contrário das ex-ministras Mariana Vieira da Silva (Presidência) e Marina Gonçalves (Habitação), vice-presidentes do grupo parlamentar, e Ana Abrunhosa (Coesão Territorial), que preside à Comissão Parlamentar de Saúde, ambos tinham perdido protagonismo.
O PS elegeu nove eurodeputados em 2019, mas mesmo as expectativas mais otimistas, reforçadas pela sondagem da Aximage, ontem revelada pelo DN, que o põe seis pontos percentuais à frente da Aliança Democrática, apontam para que eleja menos.
Fontes do PS admitem uma renovação total dos atuais eleitos, não sendo certo que o ex-ministro Pedro Marques e o atual vice-presidente do Partido Socialista Europeu, Pedro Silva Pereira, tenham hipótese de tentar a reeleição.