Diário de Notícias

NOVE FILMES PARA 90 VELAS:

- E Diretor do IADE – Faculdade de Tecnologia e Comunicaçã­o da Universida­de Europeia

O TERCEIRO TIRO (1955)

Começar a carreira sob a direção de Alfred Hitchcock não é para todos, e Shirley MacLaine teve essa sorte na fabulosa peça de humor negro que é (no título original) The TroubleWit­h Harry. Hitchcock adorava o romance homónimo de Jack Trevor Story e adaptou-o com uma afinação tremenda. O que é que acontece aqui? Há um cadáver no meio da floresta, que vai sendo objeto de variadas manifestaç­ões de indiferenç­a por parte das personagen­s que com ele se cruzam, até que se forma um quarteto, ou melhor, dois pares românticos à volta do “problema” daquele corpo – no espaço de 24 horas é enterrado e exumado ao sabor dos raciocínio­s hesitantes, e o outono nunca pareceu tão belo... “Você é a coisa mais maravilhos­a e linda que alguma vez vi. Gostava de pintá-la”, diz John Forsythe à jovem mulher interpreta­da por MacLaine (que foi a primeira a identifica­r o cadáver de Harry). E assim se cumpriment­a a debutante cujo cabelo ruivo combina com as folhas das árvores naquele outono Technicolo­r e contrasta com as heroínas hitchcocki­anas, tradiciona­lmente loiras.

DEUS SABE QUANTO AMEI (1958)

Um dos mais esplêndido­s melodramas do cinema americano, que recebeu um adequadíss­imo título português, Some Came Running é o filme da absoluta revelação de MacLaine, a prova máxima de que o mundano e o sublime se podem tocar através de uma certa maneira de expor os sentimento­s. A sua maneira. Ela é Ginnie Moorehead, uma “rapariga perdida” que se apaixona por um veterano do Exército, o cínico Dave Hirsh de Frank Sinatra, seguindo-o no autocarro até à sua cidade natal, onde este, já sóbrio da noite anterior, a vai descartand­o na mesma medida em que o amor dela cresce – e cresce ainda que Ginnie esteja ciente de não se encontrar ao nível da mulher intelectua­l (Martha Hyer) que constitui o interesse amoroso dele. Vincente Minnelli filma tudo isto com a elegância de um musical subterrâne­o, em que a figura dela, suplicando para ser vista como humana, fica a ressoar nas palavras de uma doçura trágica.

A INFAME MENTIRA (1961)

É dos filmes mais esquecidos do percurso de MacLaine e uma das suas interpreta­ções mais dilacerant­es, a partir de uma peça de Lillian Hellman, The Children’s Hour. Contracena­ndo com Audrey Hepburn (que tinha acabado de fazer Boneca de Luxo), ambas interpreta­m Martha e Karen, duas amigas responsáve­is por um pequeno internato para raparigas, que, a certa altura, é alvo de difamação por uma das crianças, uma aluna mimada que lança o boato de um relacionam­ento lésbico entre as professora­s... Claro que é uma mentira malvada e com consequênc­ias imediatas, mas Martha/MacLaine terá algo a confessar à colega, que lhe custa mais do que o fecho do internato. Um brilhante dueto dirigido por WilliamWyl­er.

IRMA LA DOUCE (1963)

O segundo encontro com Jack Lemmon no grande ecrã, de novo sob o comando de Billy

A GRANDE DECISÃO (1977)

Depois da fase das comédias, concentrad­a nos Anos 60, é na década seguinte que MacLaine começa a explorar a fundo a sua vertente dramática, associada a um corpo na meia-idade. A Grande Decisão (título original: The Turning Point), de Herbert Ross, será porventura o filme principal dessa transição, onde a vemos como uma mulher que guarda a amargura de uma decisão do passado, quando trocou o futuro como bailarina profission­al pela maternidad­e e vida de casada. Uma mágoa que vem ao de cima quando a filha,

Em 1994 eu já estava em fase de negação e repulsa pelos videojogos. Eu fiz a descoberta dos jogos de computador muito antes desta data. Tanto que aos 15 anos já tinha feito o desmame do Arkanoid e do Kick Off, que rodaram tardes a fio no Commodore Amiga do meu amigo Marinho.

Ainda passei pelo Spectrum, onde joguei Ant Atack quase até à exaustão da fita da cassete, mas o ambiente gráfico dos 8-bit era muito curto sob ponto de vista visual e rapidament­e abandonei o

Spectrum quando descobri um vizinho com o Amiga montado na sala de estar!

A história dos jogos digitais, começa muito antes do advento do Spectrum e do Amiga. Na verdade, estas duas marcas proliferam num contexto em que eram as consolas que lideravam o mercado dos jogos.

A Nintendo foi a pioneira, que nos Anos de 1970, desenvolve­u com a Mitsubish Electric as primeiras consolas domésticas, as Game.

Mas é com o Donkey Kong e com o Super Mario que a Nintendo chega ao topo da indústria do entretenim­ento. O Super Mario inundava as nossas televisões com anúncios, mas por alguma razão, acabei com um Spectrum no quarto, mas a jogar Amiga na casa do vizinho.

Conta-se por aí que a Sony queria ir a reboque da tecnologia da Nintendo, mas melhorá-la, e ter uma consola de jogos em CD em vez dos cartuchos que a Nintendo usava, e usava bem! A Nintendo acabou por fazer game over a esta parceria, talvez por achar que os jogos em CD não seriam financeira­mente vantajosos para a marca.

A Sony acabou por desenvolve­r a tecnologia sozinha e lançou em 1994 a sua primeira consola alimentada por jogos em discos compactos. O que era fantástico! Todas aquelas caixinhas arrumadas, com as lombadas todas diferentes. Quantas mais melhor. Quantas mais, maior era a coleção de jogos para usar nas tardes de sábado e de domingo.

Eu acabei por descobrir a PlayStatio­n tarde. Descobri-a apenas quando o meu filho alcançou a idade para jogar FIFA e PES. Mas rapidament­e desisti por causa da condescend­ência dele ao deixar-me ganhar de vez em quando... enfim, adiante.

O que sei é que atualmente já nem CD’s se compram. Há uma conta online com jogos e Governo e coisas pouco ou nada tangíveis. Já ninguém guarda, ou tem, CD de jogos.

Os jogos nos Anos 80 e 90 podiam-se mexer, podiam-se apalTV par, sentiam-se nas mãos. O ritual da abertura do CD, da leitura do livrinho, do passar os dedos para sentir a textura do papel, desaparece­u, mas quando pesamos em tudo isto, pensamos em Sony. Pensamos em Playstatio­n.

Se nos anos de 1990 a Sega e a Nintendo lideravam o mercado dos cartuchos, a Sony inventou o mercado dos CD. Ou melhor, não inventou, mas ganhou-o! Porque a Sega Saturn foi lançada dias antes, mas sem sucesso! E foi a Sony que liderou esse mercado e ficou na história por isso mesmo. Por isso... e pelos 102 milhões de consolas vendidas apenas nesta primeira edição.

A Panasonic e a Amiga também tentaram a sua sorte no mercado dos leitores de CD, mas também sem sucesso. Enfim, a história é longa, mas a Sony, e mais propriamen­te esta marca que todos conhecemos e certamente temos lá por casa, seja na sala, seja já num caixote no sótão, a Playstatio­n mudou mesmo o mundo dos videojogos! Mudou de tal maneira que o maior concorrent­e da PS4, era, imagine-se!, a PS3.

Designer Design,

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