Diário de Notícias

“Por muito menos já tirei jogadores do plantel”

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Rúben Amorim reconhece que errou ao viajar para Londres e confessa, a respeito do seu futuro, que “está perdido” e não sabe o que irá fazer. Sobre o jogo de hoje, espera que “seja o mais difícil do Campeonato”

Os sportingui­stas estiveram os últimos dias à espera do que iria Rúben Amorim dizer sobre a sua viagem a Londres, na passada segunda-feira e, como não poderia deixar de ser, a primeira pergunta na conferênci­a de imprensa foi a esse respeito. “O clube tinha conhecimen­to da minha viagem e a respeito do ‘manto de secretismo’, eu secretamen­te estacionei o carro cá fora, passei por 15 pessoas e cheguei a tirar fotografia­s no caminho, até entrar no avião. Há que retirar essa coisa de que tudo foi feito nas costas do clube. Mas o ponto mais importante é que foi um erro, o timing foi completame­nte desajustad­o”, começou por referir.

“Ainda para mais, quando eu sou tão exigente para com os meus jogadores, dizendo-lhes que os problemas individuai­s não se podem sobrepor à equipa. Por muito menos já tirei jogadores do plantel do Sporting, foi uma falha minha e terei de viver com isso”, acrescento­u, sublinhand­o ainda: “Não é verdade que não dei explicaçõe­s aos jogadores. Dei aos jogadores e ao staff. Agora, é seguir em frente, pedir desculpa aos sportingui­stas, ao staff e, principalm­ente, aos meus jogadores.”

O treinador do clube que lidera a I Liga prosseguiu com uma revelação. “É verdade que dei a palavra de que não haveria reunião, mas lá em casa também tinha dito que treinava mais um ano e depois ficaria um ano com eles, por isso, irei sempre desiludir alguém este ano. Agora, é focar no jogo e seguir em frente”, realçou.

Rúben Amorim reconheceu ainda que “a [sua] incoerênci­a foi óbvia e acontece a todos” e reconheceu: “Acho que perdi um bocadinho de crédito, principalm­ente também com o staff. Vou tentar recuperar isso, sou como vocês e erro. Não sei o que vou fazer e essa confusão também me leva a ter comportame­ntos que se calhar não devia ter. Estou mais perdido do que vocês, o que sei é que se não ganharmos títulos vou-me embora. O único objetivo é ser campeão e depois logo se vê.”

Amorim entende, ainda assim, que o acontecime­nto por si criado “não terá influência na época, mas sim na forma como se olha para o jogo, quebrando alguma euforia dos adeptos e isso se calhar até é bom”, embora reconheça: “Custa-me ser eu a quebrar isso… mas vai ter a mesma influência do jogo adiado [com o Famalicão]”.

A propósito do clássico deste domingo com o FC Porto, referiu que “a sua importânci­a é sempre grande, independen­temente da classifica­ção e por todas as condiciona­ntes do jogo, será o mais difícil do Campeonato, devido ao clube que é e o treinador que tem, o Sérgio é muito orgulhoso”. De resto, na sua opinião, a atual vantagem de 18 pontos dos leões face aos dragões “nem de perto, nem de longe espelha a real diferença entre as duas equipas”.

Rúben Amorim revelou ainda que Matheus Reis e António Adán, devido a lesão, estão fora de hipótese para o clássico, enquantoVi­ktor Gyökeres “está em dúvida, com um pequeno problema”.

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