Diário de Notícias

A onda dos livros de memórias de celebridad­es

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Nos últimos dois, três anos, têm surgido no mercado português, com uma regularida­de assinaláve­l, edições portuguesa­s de biografias e/ou livros de memórias de gente famosa, que contemplam percursos mais ou menos longos, alguns com ângulos bastante específico­s.

Ainda no mês passado foi anunciada a de Al Pacino, com o título Sonny Boy, a ser lançada em outubro (ed. Penguin Random House), e é daquelas que provavelme­nte não demorará muito a ter tradução portuguesa. Para já, eis algumas leituras biográfica­s recentes que se encontram nas nossas livrarias, ou estão prestes a ser lançadas.

FAZ-TEÚTIL: 7 REGRAS PARA A VIDA

Arnold Schwarzene­gger Edição Lua de Papel 224 páginas

Depois dos vídeos caseiros durante a pandemia, Arnold Schwarzene­gger decidiu que estava na altura de transmitir alguns conselhos por escrito. O título Faz-te Útil é uma expressão do pai que o acompanha desde sempre, ajudando-o a ultrapassa­r as fases difíceis da vida (desde a infância pobre, em plena Segunda Guerra Mundial, na Áustria) e a resolver os problemas do dia a dia. O livro contém, portanto, as suas regras para uma espécie de “fazer acontecer”, em termos de ambição pessoal. Relatos divertidos que põem o bodybuilde­r, estrela de cinema e ex-governador da Califórnia a refletir sobre a sua experiênci­a e os benefícios de pensar em grande, apostando no trabalho árduo.

TAYLOR SWIFT: A HISTÓRIA COMPLETA

Chas Newkey-Burden Edição Contrapont­o 304 páginas

Taylor Swift é o verdadeiro fenómeno de 2023, corroborad­o por prémios, recordes de vendas de álbuns, a eleição de “Personalid­ade do Ano” pela revista Time e o filme-concerto The Eras Tour, registo cinematogr­áfico da histórica digressão da cantora, cujos concertos em Portugal, já esgotados, acontecem nos próximos dias 24 e 25 de maio. Era apenas natural que nesta altura surgisse mais qualquer coisa a cimentar a celebridad­e da jovem e poderosíss­ima artista norte-americana – vem na forma de uma biografia que fala da sua evolução no mundo da música, e enquanto mulher de negócios, desde os tempos na Pensilvâni­a ao estrelato radioso. O livro encontra-se em pré-venda e é lançado a 4 de julho.

PAGEBOY

Elliot Page EdiçãoVoga­is 288 páginas

Conhecemo-lo primeiro como Ellen Page, a atriz de Juno (2007), que nesse filme de Jason Reitman já nos fazia testemunha­r um certo desconfort­o físico, tratando-se, para mais, de uma comédia dramática sobre uma gravidez indesejada. Vimo-lo, de filme para filme, a prosseguir com esse desconfort­o no grande ecrã, até se assumir, finalmente, como pessoa trans, que passou a responder pelo nome Elliot Page. O livro Pageboy é então a história de quem reprimiu, por demasiado tempo, a sua identidade, os seus desejos inconforma­dos com o corpo, até conseguir libertar-se das expectativ­as dos outros e dar a volta ao seu pesadelo em Hollywood.

LUZ VERDE

Matthew McConaughe­y Edição Lua de Papel 336 páginas

Notas diarística­s escritas ao longo de 35 anos estão na base deste LuzVerde, livro de memórias do ator oscarizado, que tenta transmitir algumas das lições aprendidas por entre os seus“sucessos e fracassos, alegrias e tristezas”, como se lê na contracapa. Matthew McConaughe­y, com meio século de vida, explora o princípio da maturidade em ensinament­os pessoais que vão do sentido de justiça ao controlo do stresse, da diversão ao propósito de ser melhor pessoa. Em certa medida, é uma conversa consigo mesmo, apresentad­a como um elogio à vida, enquanto estrada com sinalética reconhecív­el: importa apanhar os sinais verdes.

WILL

Will Smith e Mark Manson Edição Albatroz

452 páginas

Publicado antes do infeliz episódio da chapada nos Óscares de 2022, este relato da vida de Will Smith, escrito a quatro mãos (Mark Manson é o autor do sucesso de autoajuda A arte subtil de saber dizer que se f*da), faz o que todas a biografias fazem, procurando, a par com a trajetória do ator no cinema e na música, uma linha de introspeçã­o que versa sobre uma tomada de consciênci­a e a chegada a um ponto de bem-estar interior. O que lido hoje, convenhamo­s, não deixa de conter uma enorme ironia: “Will é a história de alguém que soube dominar as suas próprias emoções, escrita de forma a ajudar outros a fazerem o mesmo”. Então e o que foi aquilo?

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