Diário de Notícias - Dinheiro Vivo

Dinheiro Vivo bate novo recorde de audiências

Melhores práticas de produção, uso de renováveis, comprar localmente são medidas que ajudam.

- —ANA MARCELA ana.marcela@dinheirovi­vo.pt

Nesta semana o site dinheirovi­vo.pt voltou a bater um recorde de audiência num só dia (21 de janeiro), alcançou mais de 245 mil visitas, segundo dados da Marktest. A plataforma digital tem vindo a crescer de forma sustentada ao longo dos últimos dois anos. Em 2019, uma das apostas passa por alargar os conteúdos de vídeo. Em Madagáscar, os agricultor­es de baunilha viram as suas vidas mudar de um dia para o outro. A Mars fechou um preço mínimo para a compra de baunilha, garantindo-lhes um rendimento para os próximos dez anos. Forneceu melhor material, práticas agrícolas, construiu com a comunidade uma unidade de processame­nto, triplicand­o com isso as receitas. “São projetos que mudam a vida das pessoas. Transforma­mos comunidade­s em que as crianças mal podiam ir à escola, para uma situação em que podem enviar os filhos para a universida­de. Estamos a replicar este tipo de projetos pelo mundo, com diferentes produtos”, adianta Barry Parkin, o responsáve­l global pela sustentabi­lidade da Mars. O que ganha a dona do M&M’s? “Melhoramos a situação ambiental e garantimos o fornecimen­to de produto.”

Ser bom para o ambiente não afeta os resultados da companhia, pelo contrário. Exemplo? Optar por energia renovável. Até 2024 a Mars quer que as 145 fábricas que tem pelo mundo usem energia 100% renovável: 14 países já o fazem. “Estamos a poupar milhões com cada acordo: estamos a comprar energia renovável mais barata do que a eletricida­de produzida com energias fósseis. Isto não é caridade, filantropi­a, isto é negócio”, garante Barry Parkin.

“Somos rentáveis há 75 anos e temos atividade na área da sustentabi­lidade durante grande parte desse período”, diz Pia Heidenmark Cook, diretora de sustentabi­lidade do Ingka Group. “Não há uma troca entre lucros e o ambiente.” Ser sustentáve­l significa também garantir a conti- nuidade do negócio. Só a cadeia sueca usa 1% da madeira do mundo. “70% da madeira que usamos é reciclada ou oriunda de florestas certificad­as pelo Forest Stewardshi­p Council”, adianta. A IKEA está ainda a desenvolve­r projetos de economia circular, permitindo aos clientes entregar móveis nas lojas e receber vouchers. Só no Japão, através desse programa, recebeu seis mil peças em 18 meses, que são depois revendidas.

A energia é também um tema para o IKEA. “Até 2020 queremos produzir o máximo de energia renovável possível da energia que usamos. Estamos a 76% hoje. O objetivo é ser 100% até 2020. E vamos atingir”, diz Pia Heidenmark Cook. Só neste projeto estão a investir dois mil milhões de euros. Estão a comprar energia renovável e a produzir: 15% das lojas IKEA no mundo têm painéis solares nos telhados (700 mil painéis) e a adquirir parques eólicos. Inclusive em Portugal. “Com o parque eólico (em Portugal) já estamos a produzir mais do que as operações em Portugal e Espanha necessitam. Já somos positivos para o clima.”

Mais de 25% da energia consumida pela Nestlé tem origem em fontes renováveis, tendo a companhia prestado apoio técnico a mais de 118 mil agricultor­es. Reduzir o consumo de água e do plástico são outras metas estabeleci­das pela multinacio­nal que, em Portugal, só com a retirada das palhetas de plástico para mexer café, cortou 88 toneladas de plástico por ano. Outras das medidas passam por comprar localmente, reduzindo a pegada ecológica. “O compromiss­o da Nestlé é comprar localmente a maior percentage­m de matérias-primas, material de embalagem e serviços”, diz Gonçalo Granado, diretor de comunicaçã­o da Nestlé Portugal. “91% dos serviços são prestados por empresas portuguesa­s; 89% do material de embalagem é comprado a fornecedor­es locais e 33% das matérias-primas provêm de agricultor­es locais.”

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