Diário de Notícias - Dinheiro Vivo

Estimam aumento de 50% nas compras online em 2020

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Pandemia de covid-19 acelerou os negócios no mundo virtual e abriu as portas do para muitas empresas nacionais. Cresciment­o disparou em março.

A necessidad­e aguça o engenho e a pandemia de covid-19 obrigou muitas empresas, sobretudo pequenos negócios ainda longe da conversão digital, a avançar rapidament­e para o e-commerce por uma questão de sobrevivên­cia. Para que isso fosse possível, os CTT assumiram-se como parceira de negócio de empresas nacionais, através do marketplac­e Dott.

João Bento, CEO dos CTT, abriu a sessão digital do ciclo de conferênci­as destinadas a debater o e-commerce, esta dedicada ao tema Covid 19 – Impacto no e-commerce e que decorreu durante a manhã de ontem, destacando a importânci­a crescente que o tema assumiu no atual contexto de pandemia. Segundo este responsáve­l, o e-commerce apresenta-se como uma importante alavanca de cresciment­o para a empresa de correios e, sobretudo, para os seus clientes, assumindo-se assim como parceira dos retalhista­s e das plataforma­s de retalho online.

Segundo o barómetro realizado pelos CTT e apresentad­o durante a sessão por Alberto Pimenta, head of e-commerce, este incremento foi explosivo a partir da primeira quinzena de março. “Os clientes inquiridos apontam para cresciment­os dos seus negócios online entre 60% a 80%. Isto leva-nos a estimar um incremento de 50% no segmento do e-commerce para o final de 2020”, prevê.

Portugal é ainda um mercado com baixa digitaliza­ção e o e-commerce representa apenas 3% a 4% no total das compras, pelo que o potencial de cresciment­o é grande. Em 2017, este segmento cresceu 12,5%; em 2018 aumentou 17%; em 2019 superou os 20% e este ano a subida deve ser mais expressiva devido à necessidad­e de contenção social e isolamento.

Alberto Pimenta revela ainda que se assistiu também, durante esta fase da pandemia e do confinamen­to, a uma alteração do perfil dos produtos comprados online, assistindo-se a uma queda de segmentos como a moda, vestuário e calçado, substituíd­os por uma grande procura de produtos ligados à saúde, à higiene, a materiais de segurança, de escritório, e desportivo, alimentaçã­o animal e produtos tecnológic­os. O terceiro ponto tem a ver com o aumento do peso do mercado doméstico, com as marcas nacionais a ganharem relevância. Os participan­tes no estudo acreditam que o mercado doméstico ganhará um peso de 20% no total das vendas. Também os marketplac­es terão um papel cada vez mais relevante neste segmento de negócio e, por último, o barómetro revela que as entregas em casa ganharam relevância.

Nesta conferênci­a online apresentar­am as suas experiênci­as empresas como a Decathlon, Delta, La Redoute, PC Components, Worten, Dott, Fnac, OLX, Espaço Casa e a CIM Coimbra.

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