Diário de Notícias - Dinheiro Vivo

Uma jurista há 20 anos no turismo

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Cristina Siza Vieira é jurista de formação e desde 2010 presidente executiva (CEO) da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP). Casada com o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, antes de chegar à associação que representa a hotelaria, Cristina foi adjunta da Administra­ção da Amorim Turismo e diretora-geral do Turismo.

A AHP é uma associação sem fins lucrativos e que tem vindo a crescer e tem atualmente cerca de 700 associados que representa­m mais de 65% do contributo da hotelaria para a economia nacional. O setor, como outros subsetores do turismo, foi fortemente castigado pela pandemia de covid-19. Em abril e maio grande parte das unidades em Portugal estiveram encerradas devido à falta de procura de turistas.

Portugal e da própria secretária de Estado. Aproveitám­os muito bem todo o movimento. É indispensá­vel que a TAP tenha apoio do Estado, é essa a opinião da AHP. Continua a ser vital para o turismo e continua estratégic­a para o país.

Para a AHP, quais as rotas vitais que a TAP deveria manter?

A ligação da TAP aos EUA é fundamenta­l, a par de todo o trabalho que se vai fazendo de marketing; há uma série de pontos de contacto que devíamos explorar. Houve um percalço com as rotas para a China. O mercado nacional olhar para o mercado asiático não é prioridade. De resto, tudo o que seja no mercado intraeurop­eu é fundamenta­l – França, Alemanha, Reino Unido... Manter uma ligação muito forte com o Reino Unido é fundamenta­l. Há que retomar as rotas europeias todas. Embora no caso da Alemanha tenhamos um enorme potencial de cresciment­o.

Em 2019, o país teve 27 milhões de hóspedes. Quando é voltaremos a este nível? Em 2021?

xos sem retorno. De início, estimámos que 95% tinham recorrido ao lay-off simplifica­do. Nesta última fase, 90%, portanto, houve alguns que recorreram por um período de um ou dois meses, mas começaram a ter alguma ocupação sobretudo em junho e já não estão em lay-off. Esta foi a medida mais expressiva do ponto de vista de apoio às empresas. Só 60% da indústria é que recorreram às linhas covid-19 também porque muitas das empresas vinham de bons anos. portanto tinham músculo para aguentar estes primeiros embates; tinham também créditos a correr na banca com boas condições. Houve algum equilíbrio. No pacote geral, e numa avaliação global, a AHP considerou que as medidas eram ajustadas ao momento e estas que agora vieram também. Acrescenta­ndo medidas fundamenta­is ao turismo, do apoio às empresas promotoras de eventos à questão do IVA na organizaçã­o de eventos, feiras, congressos...

O lay-off vai ser prolongado. Para a AHP, é essencial?

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