Diário de Notícias - Dinheiro Vivo

Mais covid, menos economia

- ROSÁLIA AMORIM

Oano letivo está à porta e os contágios por covid têm disparado nos últimos dias. As preocupaçõ­es aumentam e não apenas entre os encarregad­os de educação. À medida que a pandemia volta a ganhar força os agentes económicos ressuscita­m a convicção de que o pior ainda está para vir.

Em toda a Europa, a crise sanitária ganha novas proporções. Ao mesmo tempo sabemos agora que o PIB da Zona Euro recuou 14,7% no segundo trimestre deste ano face ao mesmo período do ano passado e 11,8% contra os primeiros três meses do ano. Quanto a Portugal sofreu a quarta maior queda.

O banqueiro António Ramalho, CEO do Novo Banco, também está preocupado com o quadro macroeconó­mico e os efeitos da pandemia. Mas António Ramalho tem ainda outras (e fortes) preocupaçõ­es: a gestão do Novo Banco (NB), a polémica auditoria da Deloitte às contas do banco enquanto BES e já como NB e a forma como considera que o banco tem sido usado na luta política entre partidos.

O gestor responde a todas as dúvidas que têm sido levantadas, em termos de gestão e transparên­cia, e antecipa ao Dinheiro Vivo e à TSF algumas das respostas que terá de dar, certamente, quando na próxima terça-feira voltar a ser ouvido no Parlamento.

Uma palavra ainda de homenagem póstuma ao camarada jornalista Vicente Jorge Silva. Morreu na madrugada desta terça-feira, aos 74 anos. O jornalista foi cofundador e o primeiro diretor do jornal Público.

Nascido no Funchal, na Madeira, a 8 de novembro de 1945, foi obrigado a abandonar o liceu com apenas 15 anos por causa de problemas com a polícia política PIDE. Nas redações, estreou-se no Comércio do Funchal.

Depois do 25 de Abril, entrou para o Expresso em 1974, como diretor-adjunto e lançou a revista do semanário. Em 1989, saiu do Expresso para liderar a criação do jornal Público.

Não nos cruzámos dentro das mesmas redações, mas em vários eventos e enquanto oradores nas mesmas conferênci­as. Perde-se uma voz incómoda, sem medo e que fará muita falta ao país.

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