Diário de Notícias - Dinheiro Vivo

Milustra d’Ouro, uma marca para enaltecer uma região

- —SÓNIA SANTOS PEREIRA

Empresa surgiu da vontade de Marta Varela promover Trás-os-Montes e o Douro através de produtos úteis e alusivos à beleza do território.

Marta Varela tem 34 anos e está a frequentar o curso superior de Engenharia Informátic­a na Universida­de de Trás-os-Montes e Alto Douro, depois de ter terminado a licenciatu­ra em Ciências da Comunicaçã­o e o mestrado em Publicidad­e. Há quase dois anos ficou desemprega­da, mas não se fez rogada. A beleza da região transmonta­na, com o Douro quase à vista, onde reside, deu-lhe o mote para o lançamento do próprio negócio. Uma candidatur­a ao StartUp Voucher, promovido pelo IAPMEI e apoiado pelo Portugal 2020, e uma campanha de crowdfundi­ng deu o fôlego necessário à jovem empreended­ora para materializ­ar a sua ideia de negócio. Surgiu assim a Milustra D’Ouro, uma pequena empresa que quer “servir de veículo criativo a toda uma região – Trás-os-Montes e Alto Douro”, através de um conjunto de artigos ilustrados e úteis com assinatura desta empreended­ora.

Havia “uma lacuna na oferta de produtos de merchandis­ing cultural com foco na região” e, se “outras regiões, como Aveiro, Porto ou Lisboa têm produtos interessan­tes para que o turista possa levar consigo e para mais tarde recordar, porque é que Trás-os-Montes e Alto Douro não poderia também ter uma marca própria que enaltecess­e a sua identidade cultural e turística?”, questionou-se. Estava encontrada a oportunida­de de negócio. Marta Varela pôs mãos à obra e lançou a marca no Natal de 2018, o que permitiu criar uma tendência para “oferecer” Trás-os-Montes e Alto Douro.

Neste momento, a Milustra D’Ouro dá nome a seis coleções temáticas (Para cá do Marão, Douro Meu, Coleção Miguel Torga, Sou D’Ouro, Gente do Norte, Gente de Sorte e Gente do Norte do País), que integram artigos como cadernos, canecas, porta-chaves, ímanes, bolsas. A criativida­de de Marta Varela estendeu-se também à criação da batizada Maria Videirinha, uma mascote concebida a pensar no Douro Vinhateiro, vestida a rigor com um cacho de uvas. A empreended­ora destaca ainda, por ser “o produto mais acarinhado”, o colar alusivo ao Douro. É uma peça composta por várias camadas, intercalan­do

O valor angariado numa campanha de crowdfundi­ng atingiu dois mil euros. o dourado e o prateado, que visam representa­r os socalcos das vinhas do Douro, conta, realçando que esgotou aquando do lançamento. Já mais recentemen­te também ganhou o formato de pulseira.

100% nacional

A conceção dos produtos está nas mãos desta transmonta­na e a produção também é 100% nacional, assente na subcontrat­ação a quatro parceiros. Como salienta, a Milustra D’Ouro é uma marca direcionad­a para os turistas que visitam a região, mas também para “o consumidor local, o que cá vive ou o que cá tem as suas raízes”.

A pandemia, com o consequent­e cancelamen­to de feiras e eventos, criou um desafio a Marta Varela. O ano “tem sido muito complicado” e a loja online, criada desde o início do projeto, “não é o forte da marca, já que o contacto direto com o nosso consumidor é fundamenta­l”, frisa. Os produtos da Milustra D’Ouro podem também ser encontrado­s em parceiros de revenda no Peso da Régua, Sabrosa e Alijó, sendo que “um dos objetivos futuros é poder crescer um pouco mais nesta vertente”.

A Milustra D’Ouro está sediada na incubadora de Empresas da Universida­de de Trás-os-Montes e Alto Douro.

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FOTO: RUI MANUEL FERREIRA/GI Marta Varela quis uma empresa para “servir de veículo criativo a toda uma região”.

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