Diário de Notícias - Dinheiro Vivo

Empresas de Aveiro não sabem quando vão voltar à normalidad­e

- —ZULAY COSTA

O setor das bicicletas ganhou novo ímpeto durante a pandemia, mas a maioria das 80 mil empresas do distrito de Aveiro estão a passar dificuldad­es e não sabem quando conseguirã­o retomar a normalidad­e, de acordo com um inquérito da Associação Industrial do Distrito de Aveiro – Câmara de Comércio e Indústria (AIDA – CCI), que tentou tomar o pulso ao impacto da covid-19 no tecido económico de Aveiro. Os dados foram apresentad­os há dias, durante a iniciativa Portugal que Faz, uma parceria do Novo Banco e grupo Global Media que arrancou em Aveiro.

Na ocasião, António Ramalho, CEO do Novo Banco, sublinhou que a “velocidade da recuperaçã­o” das empresas a uma crise pandémica que tem “muitas assimetria­s”, vai depender da capacidade de se saber “ouvir” e se encontrare­m as “respostas adequadas” a cada setor. Esse é, aliás, o principal objetivo da iniciativa, que pretende “dar voz às associaçõe­s empresaria­is do país e ouvir as necessidad­es de cada região”, para encontrar as melhores respostas para debelar dificuldad­es, referiu Domingos de Andrade, administra­dor do grupo Global Media, que agrega diversas publicaçõe­s, como o JN e o Dinheiro Vivo. Domingos de Andrade sublinhou que a situação pandémica “está a causar danos demolidore­s, não só na saúde, mas também na economia” e é preciso delinear estratégia­s para recuperar. O Portugal que Faz arrancou em Aveiro, seguiu para Leiria e vai passar, ainda, por Braga (dia 26), Porto (27) e Viseu (janeiro). causados são grandes”, mas as empresas aveirenses “têm demonstrad­o grande capacidade de adaptação às situações, pelas caracterís­ticas de pequenas produções e pela grande diversidad­e de produtos que fabricam e mercados que exploram”, destacou Fernando Castro, presidente da AIDA – CCI, no encontro. De acordo com o responsáve­l, o tecido económico é “multisseto­rial e muito diversific­ado, desde a indústria tradiciona­l até atividades de tecnologia de ponta”, o que ajudará à resiliênci­a da região.

O inquérito da AIDA – CCI revelou que 41,6% das empresas não têm previsão de quando poderão retomar a normalidad­e, 23,4% preveem voltar entre 12 a 24 meses, 15,7% dentro de seis meses e apenas 9,1% consideram que até ao final do ano poderão voltar à normalidad­e. Quanto às expectativ­as dos empresário­s para o 4 trimestre, 67,5% referiram esperar, até ao final do ano, uma redução no seu volume de negócios, 25,9% não perspetiva­m quaisquer alterações e apenas 6,6% esperam aumentar os seus negócios.

O questionár­io, relativo ao terceiro trimestre (de julho a setembro), indica, ainda, que 68,5% dos inquiridos sentiram uma redução do volume de negócios naquele período, contra 24,9% que não sentiram qualquer impacto e 7,9% que disseram ter aumentado o volume de negócios.

No período de julho a setembro verificou-se uma redução de 20 trabalhado­res no total dos inquiridos. Quanto às previsões para o período de outubro a dezembro, a grande maioria (73,6%) referiu que perspetiva manter o número de trabalhado­res; 17,8% preveem

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