Diário de Notícias - Dinheiro Vivo
Sangue novo renova Zurich à boleia de programa de estágio
Iniciativa acolhe entre 12 e 15 candidatos que durante um ano desenvolvem competências de trabalho e auferem de bolsa mensal.
Todos os anos, a seguradora Zurich, em Lisboa, acolhe entre 12 e 15 caras novas que, por via do programa de Graduates (estágios) se candidatam a trabalhar durante 12 meses na companhia. O programa, em vigor desde 2014, pretende capacitar jovens em fase de desenvolvimento académico, e promover as suas competências de modo a entrarem no mercado de trabalho, revela ao Dinheiro Vivo, Nuno Oliveira, diretor de Recursos Humanos da Zurich.
Os recrutamentos acontecem duas vezes por ano e culminam com a entrada dos novos elementos em abril e outubro. “Do ponto de vista de sinergias e de eficiência, se conseguirmos centralizar os graduates em grupo, neste caso dois, conseguimos depois promover todo um plano de acolhimento muito mais robusto e consistente”, explica Nuno Oliveira, adiantando que todo o processo acontece nos três meses anteriores à entrada dos novos estagiários. Cada graduate tem direito a uma bolsa mensal na ordem dos mil euros, subsídio de alimentação de valor igual ao de qualquer colaborador da Zurich e subsídio de trabalho híbrido (três euros por dia, durante 11 meses), além do contrato de formação profissional.
“Este sangue novo traz desassossego e obriga a ser responsável pela formação e desenvolvimento da pessoa. Antecipam também futuras necessidades de recrutamento”, reforça o responsável. Isto, porque “a taxa de retenção é muito superior ao previsto, uma vez que a capacidade de adaptação dos graduates ao contexto da companhia é enorme”, afirma Nuno Oliveira. E, quando surgem necessidades de recrutamento no decorrer do ano, a respetiva direção que fica sem o colaborador prefere investir no desenvolvimento do graduate que tem consigo, em vez de ir ao mercado, desconhecendo a pessoa que poderia vir a recrutar. “Posso dizer com orgulho que a taxa de retenção é superior a 50%”, diz o responsável.
Karoline Barros entrou na Zurich, como graduate, na área de transformação digital da companhia. O seu estágio foi feito a trabalhar remotamente por causa da pandemia e assim esteve durante dois anos. Pelo meio ficou efetiva e integrou o projeto da implementação do chat bot, um assistente virtual que está alojado no site da Zurich. Já como efetiva assumiu o cargo de gestora de projeto de implementação do Whatsapp, um canal para que os clientes possam contactar companhia. “Isto demonstra como a Zurich aposta nos seus estagiários. Não é algo passageiro, é um ano de imersão. Se quisermos desafiar-nos, a companhia impulsiona-nos”, frisa.
Integrar estes graduates obriga também os responsáveis da seguradora a manter-se atentos às tendências. “Os graduates têm a característica de fazerem perguntas. Ao fazer as perguntas e ao ouvir as respostas, ajuda a organização a evoluir. Também podem ajudar a dar soluções para fazer diferente”, reflete o diretor de recursos humanos, que acredita que ao alimentar a companhia com esses elementos se estimula a organização a estar atenta a novas tendências, paradigmas e a antecipar muitos deles.
A cada processo de recrutamento, a Zurich recebe entre 50 e 80 candidaturas e o número tem vindo a crescer. Para o programa de outubro, a companhia já rececionou 44 respostas.
Os programas são anunciados nas redes sociais, no site da companhia e também em articulação com as universidades com as quais a Zurich mantém parecerias.
E foi através da sua universidade que Cláudio Norte soube da possibilidade de poder estagiar na Zurich. “Estou aqui há quatro meses. Desde o primeiro momento que me sinto muito integrado. Logo no recrutamento senti um grande à vontade com todas as pessoas e sempre fui ajudado ao máximo. Tenho crescido muito e tenho cada vez mais responsabilidade”, conta, assinalando a oportunidade que o programa da companhia oferece.