Diário de Notícias - Dinheiro Vivo
Mercado automóvel mostra sinais de recuperação
As matrículas novas em Portugal caíram 5,9% entre janeiro e julho de 2022, face a igual período de 2021, com 106 879 novos veículos em circulação. No entanto, analisando apenas julho deste ano, já se assiste a uma recuperação de 18,8%, em igual período homólogo.
Apesar da recuperação conseguida em julho, o número de carros novos vendidos foi insuficiente para contrariar a diminuição do volume acumulado de matrículas face a igual período do ano anterior, segundo dados divulgados pela ACAP no webinar mensal do Standvirtual.
Por categoria, no sétimo mês do ano, foram matriculados 14.495 ligeiros de passageiros novos, um ganho de 17,6% face ao mesmo mês do ano anterior. Entre janeiro e julho, as matrículas de ligeiros de passageiros caíram 4,1%, em relação ao mesmo período de 2021, para 89.944 unidades. Por sua vez, em julho, totalizaram-se 1.874 ligeiros de mercadorias registados, um aumento de 15,5% face ao mesmo mês de 2021. No acumulado dos primeiros sete meses de 2022, este mercado contabilizou 13.604 unidades, menos 19,7% face ao mesmo período de 2021. Já o mercado de veículos pesados quase duplicou (92,7%) em julho, relativamente ao mês homólogo, para 528 unidades. Considerando o período de janeiro a julho, somaram-se 3.331 matrículas desta categoria, mais 17,2% do que em igual período do ano anterior.
Apesar dos carros movidos a gasolina assumirem a preferência dos consumidores de veículos ligeiros de passageiros, com 42,7% nos primeiros sete meses de 2022, 38,9% por cento dos veículos comprados são movidos a outros tipos de energia. Nos eletrificados, os híbridos convencionais detêm a maior quota do segmento, com 15,7%, seguindo-se os elétricos a bateria, com 10,1%, os híbridos recarregáveis externamente, com 10%, e as outras soluções não vão além de 3,1%. Por fim, o gasóleo representa 18,4% do mercado total. Se compararmos apenas o mês de julho com o mesmo mês do ano anterior, verifica-se que os veículos elétricos a bateria foram os que mais cresceram (49%), seguindo-se os híbridos convencionais (28%), gasolina (22%) e o gasóleo (14%). Os híbridos recarregáveis externamente tiveram uma descida de 13% e outras soluções caíram 16%. Esta procura de veículos elétricos tem sido cada vez mais popular e isso deve-se, não só, ao aumento do valor dos combustíveis, como às crescentes preocupações ambientais e a maior informação sobre este tipo de viaturas.