Diário de Notícias - Dinheiro Vivo
Ovos vegetais no mercado em 2023
Plantalicious vai também criar queijos e maionese plant-based e quer exportar.
Qual é coisa qual é ela que cai no chão e fica amarela? Todos conhecemos esta adivinha e a resposta é o ovo. Aqui falamos de ovos, mas não os da galinha. Com 200 mil euros de investimento a CFER (Centre for Food Education and Research) arrancou com a produção de ovos plant-based, feitos em laboratório, que deverão ser vendidos nas grandes superfícies no primeiro trimestre do próximo ano. Para a comercialização deste ovo 100% vegetal, foi criada a empresa Plantalicious, com capital social de dois mil euros.
Feito de extratos vegetais, soja, ervilhas, proteína de arroz, um componente extraído das rochas dos Himalaias, e outros, o preparado líquido vem dentro de uma garrafa (com a marca Happineggs),e vem preencher as necessidades de quem quer uma alimentação plant-based ou tem alergia aos tradicionais ovos, segundo explicam ao Dinheiro Vivo os cofundadores da Plantalicious, Daniel Abegão e Mayla Araújo.
Sem avançar preços, Daniel Abegão vinca que “queremos ter um produto acessível a todos”.
Ainda que o produto a sair do forno sejam os ovos vegetais, há mais alimentos na calha. O produto em garrafa “dá para fazer outros alimentos como bolos, maionese, recriar produtos de pastelaria, nós já testámos”, reforça Mayla Araújo. O desenvolvimento de “queijo, bebidas, produtos prontos a comer, como sandes de omelete”, estão agora nos planos da Plantalicious para os próximos dois anos, adianta Daniel Abegão.
Com sede em Alcobaça e sem arredarem pé da zona, mostrando que é possível “criar um bom projeto fora dos centros”, a empresa quer começar a vender para os mercados externos. “É mais fácil trabalhar com o mercado nacional, devido à proximidade, mas queremos exportar em 2023”, adianta. “Temos tido reuniões com Espanha, Reino Unido e outros países”, vinca o cofundador da Plantalicious. “O objetivo é recriar o produto em pó para ser mais fácil exportar até devido aos custos, que estão brutais”.
E quanto a trabalhadores? “Somos só nós os dois. Quando fizermos o levantamento de capital, no próximo ano, as contratações virão para marketing, distribuição e área comercial. No levantamento de capital solicitamos um valor inicial de 200 mil euros, para um ano de trabalho e construção de equipas, mas depois vamos pedir 250 mil euros anuais, na primeira fase de arranque”,
revela.