Diário de Notícias - Dinheiro Vivo

Ovos vegetais no mercado em 2023

Plantalici­ous vai também criar queijos e maionese plant-based e quer exportar.

- — FILIPA QUITO filipa.quito@dinheirovi­vo.pt

Qual é coisa qual é ela que cai no chão e fica amarela? Todos conhecemos esta adivinha e a resposta é o ovo. Aqui falamos de ovos, mas não os da galinha. Com 200 mil euros de investimen­to a CFER (Centre for Food Education and Research) arrancou com a produção de ovos plant-based, feitos em laboratóri­o, que deverão ser vendidos nas grandes superfície­s no primeiro trimestre do próximo ano. Para a comerciali­zação deste ovo 100% vegetal, foi criada a empresa Plantalici­ous, com capital social de dois mil euros.

Feito de extratos vegetais, soja, ervilhas, proteína de arroz, um componente extraído das rochas dos Himalaias, e outros, o preparado líquido vem dentro de uma garrafa (com a marca Happineggs),e vem preencher as necessidad­es de quem quer uma alimentaçã­o plant-based ou tem alergia aos tradiciona­is ovos, segundo explicam ao Dinheiro Vivo os cofundador­es da Plantalici­ous, Daniel Abegão e Mayla Araújo.

Sem avançar preços, Daniel Abegão vinca que “queremos ter um produto acessível a todos”.

Ainda que o produto a sair do forno sejam os ovos vegetais, há mais alimentos na calha. O produto em garrafa “dá para fazer outros alimentos como bolos, maionese, recriar produtos de pastelaria, nós já testámos”, reforça Mayla Araújo. O desenvolvi­mento de “queijo, bebidas, produtos prontos a comer, como sandes de omelete”, estão agora nos planos da Plantalici­ous para os próximos dois anos, adianta Daniel Abegão.

Com sede em Alcobaça e sem arredarem pé da zona, mostrando que é possível “criar um bom projeto fora dos centros”, a empresa quer começar a vender para os mercados externos. “É mais fácil trabalhar com o mercado nacional, devido à proximidad­e, mas queremos exportar em 2023”, adianta. “Temos tido reuniões com Espanha, Reino Unido e outros países”, vinca o cofundador da Plantalici­ous. “O objetivo é recriar o produto em pó para ser mais fácil exportar até devido aos custos, que estão brutais”.

E quanto a trabalhado­res? “Somos só nós os dois. Quando fizermos o levantamen­to de capital, no próximo ano, as contrataçõ­es virão para marketing, distribuiç­ão e área comercial. No levantamen­to de capital solicitamo­s um valor inicial de 200 mil euros, para um ano de trabalho e construção de equipas, mas depois vamos pedir 250 mil euros anuais, na primeira fase de arranque”,

revela.

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FOTO: DR Preparado é feito de extratos vegetais, soja, ervilhas e proteína de arroz.

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