Diário de Notícias - Dinheiro Vivo
Porto em estudo para acolher um novo World Trade Center
A marca internacional de escritórios e serviços estreou-se em Lisboa e quer promover as empresas portuguesas no exterior.
“Estar no endereço World Trade Center Lisboa é uma mais-valia no mundo.”
O World Trade Center (WTC), marca de escritórios criada há mais de 50 anos pelo multimilionário David Rockefeller e um dos marcos mais significativos dos atentados de 11 de setembro de 2011 (morreram no edifício de Nova Iorque perto de três mil pessoas), já desfraldou a sua bandeira em Lisboa, mais precisamente em Carnaxide, e prepara-se agora para expandir a sua presença ao Porto. Concretizado o investimento de 120 milhões de euros – que permitiu erigir um empreendimento com 25 mil metros quadrados destinado às atividades empresariais e ao desenvolvimento de negócios, quatro mil metros quadrados para comércio, dez mil de espaços exteriores e mil lugares de estacionamento –, a promotora FVC está a estudar localizações para expandir a marca à segunda cidade do país.
De acordo com Luciano Montenegro, presidente do WTC Lisboa, o Porto “é o próximo passo” em Portugal. Há estudos a decorrer, adianta o gestor, que esteve à frente do WTC São Paulo durante seis anos. A sua expectativa é que o investimento “seja para breve”, até porque o país pode absorver “três ou quatro” empreendimentos da marca. Para já, o WTC Lisboa juntou-se a uma rede de mais de 320 edifícios que ostentam esta bandeira imobiliária, distribuídos por 93 países. Em Portugal, Bayer, Worten, Helm e Continente já asseguraram morada neste complexo. Mas nem só de grandes empresas se faz o WTC. O empreendimento vai albergar também um coworking, piscando os olhos às micro e pequenas empresas. Como frisa o Luciano Montenegro, “estar no endereço WTC Lisboa é uma mais-valia no mundo”. O projeto para estar totalmente completo aguarda ainda a conclusão do hotel com 127 quartos, que será gerido pela insígnia Yotel, e um centro de congressos para 200 pessoas.
Luciano Montenegro gosta de sublinhar que o WTC não é apenas
um edifício icónico de escritórios e serviços. “É um hardware com software”. Como explica, o empreendimento é um ecossistema, com as empresas e colaboradores, a que se junta um trabalho de networking, que permite potenciar negócios além-fronteiras, aproveitando a rede da marca em todo o mundo. Para isso, os WTC têm um Business Club (BC), aberto às sociedades que lá se instalam, mas também ao universo empresarial do país. Em Lisboa, não é diferente. O clube de negócios dirigido por —LUCIANO MONTENEGRO
Luciano Montenegro está focado nas áreas do imobiliário, comércio internacional, turismo e lazer, inovação e startups e, ainda, smart cities.
O gestor assume o papel de potenciar negócios através da dinamização de reuniões entre empresas portuguesas e estrangeiras. Há poucas semanas juntou 20 contrutechs e 15 proptechs para trocar ideias e apresentar inovações tecnológicas ao serviço do imobiliário. Já anteriormente tinha dinamizado um painel de proptechs,
para o qual convidou o presidente da associação europeia destas startups do mercado imobiliário, e onde foi detetada uma lacuna na atividade. Portugal não tem uma associação que represente estas microempresas. E é aí que o BC e Luciano Montenegro entram em ação. Como diz, o objetivo é potenciar o networking, multiplicar as possibilidades de negócio e de internacionalização através da reunião de vários agentes globais. E já atraiu um parceiro de peso para este hub, o Sebrai, associação brasileira de apoio às micro e pequenas empresas.