Diário de Notícias - Dinheiro Vivo

BTd Travel Plataforma de viagens corporativ­as e de luxo chega a Portugal

Através de uma aplicação, é possível alugar jatos, iates ou aceder a hotéis e carros luxuosos. Entrada em terras lusas é oficial desde novembro e mercado nacional já representa 10% do total da operação da startup.

- —INÊS DE ALMEIDA FERNANDES

Nascida em 2017 nos Estados Unidos da América (EUA), a bTd Travel, uma plataforma que agrega diversas opções de viagens corporativ­as e de luxo, acabou por enveredar numa jornada inesperada quando a pandemia chegou em força em 2020. Mesmo durante o período conturbado de restrições, a startup foi capaz de adaptar o seu modelo de negócio às novas necessidad­es do mercado, o que se traduziu na chegada à Europa em 2022 e no lançamento oficial em Portugal no passado mês de novembro.

Na sua génese, o objetivo era ajudar pequenas e médias empresas (PME) a aceder a melhores condições de viagens internacio­nais para os seus colaborado­res e o negócio percorreu um trilho de progressão até 2019, com cresciment­os de dois dígitos. No entanto, em março de 2020, a covid-19 parou o mundo e fez colapsar o turismo, o que acabou por levar a empresa a voltar-se para o segmento de luxo. Atualmente, a bTd Travel é um concierge para todas as coisas luxuosas: de viagens de jato ao aluguer de carros de luxo, passando pelas acomodaçõe­s e pelos iates. A plataforma permite aos seus membros viver experiênci­as diferencia­das, tudo através de uma aplicação, mantendo o segmento de viagens empresaria­is.

Apesar de ter surgido nos EUA, rapidament­e entrou também no mercado brasileiro, oportunida­de nanciament­o, no valor de um milhão e meio de dólares, através de um family office nacional que juntou investidor­es dos três países.

Não obstante a ainda expressão reduzida do mercado luso na operação da empresa, apenas 10%, o diretor executivo perspetiva que se venha a tornar “um dos principais, consideran­do a sua dimensão”, podendo vir a conquistar terreno às restantes geografias, EUA e Brasil, que representa­m, respetivam­ente, 70% e 20%.

A partir de Portugal, a startup vai continuar a apostar no cresciment­o, estando já a decorrer uma segunda ronda de investimen­to, que visa atrair fundos já pensando no alargament­o a uma outra iniciativa de atração de capital, que deverá ocorrer em 2025. Quanto a próximos passos, a cronologia está já bem delineada: ao longo do próximo ano, prevê-se a entrada em mais quatro mercados, designadam­ente Espanha, Suíça, Reino Unido e Canadá, além da contínua expansão nos EUA e também no Brasil.

A startup já conta com 1500 clientes, uma equipa de 19 colaborado­res, dois em terras lusas, e com um histórico de cresciment­o a dois dígitos, mesmo no pós-pandemia. Em 2022, conseguiu quatro milhões de dólares em vendas, sendo que a meio de 2023 já estava 15% acima do ano anterior. Para fechar este ano, e sem contar ainda com a entrada de Portugal na operação, o CEO prevê chegar “a mais de seis milhões de dólares em receitas”.

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