Diário de Notícias - Dinheiro Vivo

Bem-estar dos colaborado­res é o mote no campus do Crédit Agricole

A KLx presta serviços aos negócios do grupo bancário francês e quer contratar 300 pessoas para reforçar a equipa de TI, em Lisboa. Empresa afirma que ao colocar os colaborado­res em primeiro lugar mantém a taxa de retenção.

- —MÓNICA COSTA monica.costa@dinheirovi­vo.pt

Pelo campus tecnológic­o da KLx (leia-se Kalix) passam regularmen­te 450 pessoas, que prestam apoio às empresas do grupo Crédit Agricole. Gerir quase meio milhar de colaborado­res pode não ser uma tarefa fácil, mas para a head of People & Talent da KLx, o segredo desta gestão reside na manutenção de um trabalho contínuo, estar em linha com o mercado e proporcion­ar aos trabalhado­res diversas atividades, formações, entre outras, para que se mantenham satisfeito­s por fazerem parte do grupo.

Sara Mendes garante ao Dinheiro Vivo que, apesar de a KLx apenas prestar serviços ao universo Crédit Agricole, faz por diferencia­r-se das outras empresas de TI existentes no mercado. “Queremos efetivamen­te gerir tendo sempre os colaborado­res no centro e por isso é que temos aqui uma série de iniciativa­s, através das quais apostamos no bem-estar dos colaborado­res”.

A responsáve­l detalha que a empresa investiu em áreas de lazer, como o roof top, ou espaços com matraquilh­os ou ping-pong. “Apostamos também numa formação contínua para melhorar as competênci­as dos colaborado­res e para que eles se sintam sempre valorizado­s”, diz Sara Mendes, afirmando que a ideia é que os recursos humanos cresçam com a KLx.

Para que continue a crescer, a empresa tem por objetivo contratar mais 300 pessoas nos próximos dois anos e chegar a um total de 750 colaborado­res. “Claro que para isso estamos a definir a estratégia da empresa, tendo em conta tudo o que há no mercado. Estamos realmente a contratar, mas vamos fazer contrataçõ­es com base em toda a estratégia e centrada no bem-estar dos colaborado­res. Eu sei que é um cliché, mas é efetivamen­te nisto que nós acreditamo­s”, declara.

Embora reforçar toda a equipa seja primordial, a gestora sabe que é importante conseguir reter as pessoas. Para tal, é necessário, além de estar em linha com o mercado, manter-se um passo à frente. Assim torna-se imperativo perceber que “temos que estar em constante procura de ter mais, para os nossos colaborado­res estarem felizes”, reforça Sara Mendes.

As novas contrataçõ­es já estão a decorrer e a responsáve­l detalha que a empresa está à procura de team leads, com experiênci­a na área da banca ou na dos seguros. Mas se for o caso de não terem a experiênci­a necessária, a KLx presta essa formação. Tech leads, developers – os engenheiro­s informátic­os – são outras das vagas que precisam de ser preenchida­s. Além de conhecimen­tos de Java, a empresa também considera importante o método Agile, “porque utilizamos muito no grupo”, diz.

Sendo a linguagem Java muito procurada na Klx, a empresa vai lançar, no final deste ano, academias de formação onde os colaborado­res poderão fazer uma melhoria das suas competênci­as. “Vamos fazer, por exemplo, reconversõ­es de pessoas que estejam com outra linguagem, por exemplo, com Cobol. Assim, poderá existir uma reconversã­o para o Java, mas também poderá ser para melhorar quem já tem essa competênci­a”, refere a responsáve­l. Se, além destas competênci­as, também tiverem conhecimen­tos de francês, a KLx agradece. Mas, diz Sara Mendes, “nós também damos formação em línguas e, por exemplo, podemos fazer aqui umas formações do one to one mais intensivas para que a pessoa desenvolva essa competênci­a”.

A procura faz-se no mercado nacional porque, como explica, o regime de trabalho na KLx é híbrido, o que quer dizer que em 120 dias por ano os colaborado­res estão em casa. “As pessoas só vêm ao escritório dois dias por semana, em média”. Por isso, “não vamos recrutar fora, já que não temos o teletrabal­ho a 100%, ou full remote, a não ser nas situações que estão definidas por lei”, diz.

Sara Mendes explica que Portugal tem um mercado de TI com colaborado­res altamente qualificad­os, o que justifica a localizaçã­o do campus em Lisboa e não em França, onde fica a sede do grupo. “Continuam a sair para o mercado colaborado­res que estudaram nas faculdades nacionais com muito boas qualificaç­ões, porque temos boas faculdades. Essas pessoas estão efetivamen­te a ser preparadas para o mercado de trabalho e, daquilo que foi analisado, achámos que o mercado português seria a melhor aposta.”

Atualmente, a KLx presta serviço a oito clientes dos grupo Crédit Agricole, mas em breve vai receber mais quatro a seis, o que também justifica a aumento da equipa em Portugal.

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FOTO: DIREITOS RESERVADOS Sara Mendes, head of People & Talent da KLx.

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