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Arsenal, Liverpool, Manchester City. O mais rico ganha a Premier League?
Na classificação, as equipas treinadas por Arteta, Klopp e Guardiola estão separadas por um ponto. No valor de mercado, por mais de 300 milhões de euros.
Arsenal e Liverpool têm ambos 64 pontos e o Manchester City, 63, a dez jornadas do fim da Premier League. A luta pela conquista da mais rica das ligas do planeta é uma luta de números. Números que vão, entretanto, muito além dos pontos conquistados na classificação pelas equipas treinadas respetivamente por Mikel Arteta, por Jürgen Klopp e por Pep Guardiola. Quem, afinal, mais gastou em 2023/2024? E qual dos plantéis é mais bem avaliado?
Com o auxílio dos sites especializados em valor de mercado, Transfermarkt, em estatística, Squawka, e em noticiário, The Guardian, o DV concluiu que os clubes da Premier League gastaram, em conjunto, 2,36 mil milhões de libras, isto é, 2,76 mil milhões de euros, no mercado de verão. Na janela de janeiro, investiram mais 117 milhões para ajustarem os elencos.
Quem mais gastou para reforçar o plantel, somadas as duas janelas, entretanto, não foi nenhum dos três na corrida ao título e, sim, o Chelsea, em processo, oneroso, de reconstrução do plantel sob a batuta do empresário e investidor americano Todd Boehly. Nos números do futebol, porém, os Blues, do treinador Mauricio Pochettino, estão a longínquos 25 pontos do topo da tabela.
Se nos ativermos à janela de janeiro, muito mais calma do que de costume, foi outro clube fora do top3, o Tottenham (quinto classificado com 53 pontos), o que mais aperfeiçoou o elenco.
Concentremo-nos então em Arsenal, Liverpool e Manchester City. Os Gunners, sob a administração de Stan Kroenke, gastaram 237 milhões de euros em transferências, entre as quais a de Declan Rice, por 123 milhões, ao vizinho West Ham, mas receberam 92,5 milhões de saídas, o que resulta num gasto líquido de 145,5 milhões. Do trio da frente, foram quem mais investiu, atrás, no entanto, dos mencionados rivais londrinos, Chelsea e Tottenham.
O grupo FSG, dono do Liverpool, por sua vez, é só o sexto mais mãos largas de toda a liga inglesa: no deve e haver gastou 109,3 milhões de euros.
O City, cuja política de investimentos milionários teve ligeiro refluxo nos últimos anos para privilegiar a área de formação de atletas e a interação com as dezenas de clubes mundo afora da holding do Abu Dhabi United Group, não passou do oitavo que mais investiu: “apenas” 88,35 milhões de euros.
Ou seja, por uma vez, o riquís
simo Manchester City é o mais pobre da fotografia: do trio da frente gastou menos em transferências em 2023/24 do que Arsenal e do que Liverpool.
O campeão em cinco das últimas seis edições da Premier League, entretanto, continua dono do plantel mais rico do futebol inglês. Os 22 jogadores às ordens de Guardiola, entre os quais os internacionais portugueses Ruben Dias, Matheus Nunes e Bernardo Silva, estão avaliados em 1,26 mil milhões de euros (só Erling Haaland custa 180 milhões).
Já os 26 jogadores do Arsenal têm um valor somado de 1,11 mil milhões de euros, incluindo os portugueses Cédric e Fábio Vieira e os ingleses Saka e Rice, cujo preço é de 120 e 110 milhões, respetivamente.
O Liverpool está apenas em quarto, atrás do Chelsea, com 868,75 milhões de euros divididos pelos seus 27 atletas, nenhum deles avaliado acima de três dígitos, nem mesmo Salah, já com 31 anos, ou o português Jota.
Em suma, a 10 jornadas do fim da Premier League, na pontuação, uma ligeira vantagem do Arsenal, segundo com o plantel mais caro e maior gastador dos três em transferências, e Liverpool, com o elenco menos valorizado e segundo em investimento no plantel, sobre o City, ainda com os jogadores mais bem avaliados mesmo contratando pouco este ano.
A 10 jornadas do fim da Premier League, na pontuação, uma ligeira vantagem do Arsenal, segundo com o plantel mais caro e maior gastador em transferências.