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Fitness UP prevê fechar 2024 com rede de 60 clubes no país

Empresa, que continua a somar aberturas e praticante­s, nega qualquer intenção de venda. No ano passado, investiu 13 milhões de euros.

- —SÓNIA SANTOS PEREIRA sonia.s.pereira@dinheirovi­vo.pt

A Fitness UP, marca de ginásios portuguesa criada em 2012, quer abrir este ano mais 14 espaços, revela Hélder Ferreira, CEO e fundador da empresa. Com este plano de expansão, deverá encerrar o exercício com um total de 60 clubes em operação. Já no ano passado, inaugurou dez ginásios, num investimen­to na ordem dos 13 milhões de euros. A Fitness UP “conquistou a posição de líder de mercado quanto ao número de unidades abertas em território português”, destaca o gestor.

O cresciment­o da marca tem por base um modelo de parcerias. Segundo Hélder Ferreira, “a holding integra parceiros/investidor­es estratégic­os para cada nova unidade”, o que “permite ganhar velocidade no processo de expansão”. Ainda assim, não coloca de lado crescer por aquisição, embora não seja uma estratégia prioritári­a. “Pode ser uma alternativ­a, no entanto, temos várias formas de conseguir o negócio/espaço ideal para nós: adquirir e reconstrui­r edifícios devolutos das cidades; alugar espaços que consubstan­ciem boas oportunida­des de negócio e em áreas geográfica­s estrategic­amente escolhidas; comprar espaços de antigos ginásios que estejam em processo de venda”, detalha.

Atualmente, a Fitness UP responde por uma cadeia de 46 ginásios, abertos de norte a sul do país, onde contabiliz­a cerca de 100 mil sócios. O responsáve­l adianta que a marca terminou 2022 com um total de 66 mil praticante­s, passou para 100 mil em 2023 “e caminhamos para os 150 mil” até ao final de 2024. A empresa encerrou o exercício de 2023 com uma faturação de 41,5 milhões de euros.

Para Hélder Ferreira, 2023 foi “um excelente ano. Crescemos imenso tanto em volume de negócios como em número de sócios, mesmo com a decisão que tomámos em suportar grande parte da pressão inflacioni­sta”. Este ano, o plano de aberturas deverá impulsiona­r a faturação para valores entre os 58 e os 60 milhões. Como sublinha, “a Fitness UP é uma empresa/marca sustentáve­l, saudável, apetecível e em franco cresciment­o”.

Mercado em consolidaç­ão

Aliás, Hélder Ferreira desmente categorica­mente as notícias que circularam recentemen­te sobre a intenção de venda da marca. “O grupo Fitness UP não está à venda”, frisa. No mesmo momento, o gestor refutou a subscrição de um apoio do Banco Português de Fomento (BPF). Recorde-se que veio a público que obteve uma verba de 5,8 milhões de euros, depois de ter sido considerad­a uma empresa estratégic­a pelo BPF em junho do ano passado, no âmbito de uma candidatur­a ao programa de recapitali­zação estratégic­a. Segundo garante, “não recebeu qualquer cêntimo do mesmo”.

O mercado português do fitness continua em processo de consolidaç­ão. Na opinião de Hélder Ferreira, os operadores internacio­nais têm pautado a sua ação “por abrir unidades teste”, mas “param logo de seguida a incursão no país”. Isto sucede, porque se apercebem que “este é um mercado, além de altamente competitiv­o, super treinado nas adversidad­es”. E ainda aponta: “Acresce o desafio de terem que lidar com uma das mais baixas taxas de penetração no setor da Europa, com uma enorme quantidade de impostos diretos e indiretos, bem como a enorme burocracia com que as empresas se deparam diariament­e”. São fatores que “repelem os investidor­es internacio­nais, tanto pela rentabilid­ade como pela dificuldad­e cultural que estas redes internacio­nais têm para se adaptar”.

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FOTO: AMIN CHAAR/GLOBAL IMAGENS Para Hélder Ferreira, CEO e fundador da Fitness UP, a empresa é “sustentáve­l, saudável, apetecível”.

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