Diário de Notícias - Dinheiro Vivo

Suffa abre loja na África do Sul e expande rede em Portugal

Marca portuguesa de sofás firmou parceria com um cliente sul-africano para a abertura de uma rede de lojas. Em Portugal, quer mais cinco.

- —SÓNIA SANTOS PEREIRA sonia.s.pereira@dinheirovi­vo.pt

A Suffa, marca portuguesa de sofás para o segmento médio-alto, resolveu dar a conhecer-se ao país e também explorar oportunida­des além-fronteiras. No fim de fevereiro, abriu a sua primeira loja, em Lisboa, num investimen­to de 150 mil euros. Foi o primeiro passo para a criação de uma rede em Portugal. Como revela André Fernandes, CEO da empresa de Lordelo, o objetivo é abrir mais cinco unidades no espaço de um ano. Entretanto, por estes dias, a Suffa estreia-se na África do Sul.

Esta aposta surgiu após 12 anos a trabalhar nos mercados internacio­nais em regime de private label para clientes nas áreas do retalho, hotelaria e geriatria. Segundo o gestor, durante este período, a Suffa focou-se num “posicionam­ento premium, que valoriza não só a qualidade da nossa produção – que é 100% made in Portugal –, e dos materiais, mas também o design, a tecnologia incorporad­a e a personaliz­ação”. Agora, “atingimos um nível de maturidade, de cresciment­o e de know-how que nos permite dar o passo seguinte”, justifica. Um estudo ao mercado concluiu que “somos suficiente­mente diferencia­dores para nos apresentar­mos diretament­e ao consumidor final”.

A Suffa escolheu a Rua do Castilho, em Lisboa, para se estrear no mercado.

A capital é hoje uma “cidade cosmopolit­a” e a Castilho “uma referência”, caracterís­ticas que lhe garantem visibilida­de junto dos potenciais clientes portuguese­s e também dos habitantes estrangeir­os da cidade, considera André Fernandes. Dado o primeiro passo, a marca prepara-se agora para abrir no Porto, Braga, Aveiro, Coimbra e Leiria. Em cima da mesa está também a possibilid­ade de reforçar a presença na Grande Lisboa.

A abertura de unidades próprias Suffa também despertou interesse no exterior. Segundo conta André Fernandes, a próxima investida é Joanesburg­o, na África do Sul. Surgiu a oportunida­de “através de um parceiro presente naquele país, que trabalha no setor dos colchões. Fizemos uma joint venture para a atuação naquele mercado, que prevê a abertura de mais lojas”, adianta o CEO. A primeira abre em maio. E, segundo adianta, Marrocos “está também em cima da mesa, a par de outros mercados”.

Na fábrica da Suffa são produzidas cerca de 10 mil unidades, entre sofás, cadeirões, poltronas e derivados, tudo com base em encomendas. A empresa trabalha com 60 modelos base, que são sempre personaliz­ados de acordo com as pretensões do cliente. Este ano, e devido à aposta no mercado B2C, a marca vai apostar periodicam­ente no lançamento de novos desenhos. “Nesta fase, temos já cinco ou seis em desenvolvi­mento”. E, em breve, vamos apresentar ao mercado um modelo em parceria com um conhecido designer”, revela ainda. A Suffa tem uma equipa de design própria e, em paralelo, trabalha com um gabinete internacio­nal deste segmento.

No ano passado, registou uma faturação superior a cinco milhões de euros. Mais de 95% das vendas foram obtidas nos mercados externos, no canal B2B, destacando-se França (o mais relevante), Espanha, Canadá e Israel. Para o atual exercício, André Fernandes prevê um cresciment­o de 15 a 20% no volume de negócios, estimativa alavancada na rede de lojas próprias. Na Suffa, trabalham atualmente 55 pessoas, mas as aberturas previstas irão implicar o reforço das equipas de retalho, design e comercial.

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FOTO: DIREITOS RESERVADOS André Fernandes detém a 100% a Suffa, empresa sediada em Lordelo, Paredes.

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