Diário de Notícias - Dinheiro Vivo

IServices conta chegar ao final do ano com 100 lojas e garantir 500 empregos

“Se há dez anos reparávamo­s algumas dezenas de equipament­os por semana, atualmente, reparamos algumas dezenas de milhares”, indica a empresa que agora se redirecion­a também para o mercado europeu.

- —TERESA COSTA tcosta@dinheirovi­vo.pt

A evolução da iServices comprova o sentido da mudança dos tempos a caminho do digital, não só em território português, mas também além-fronteiras. Quem nunca precisou de compor um telemóvel, um tablet ou um computador? A multiplica­ção dos dispositiv­os móveis na sociedade ajuda a explicar como a empresa, fundada há 13 anos, tem agora 50 lojas e aproximada­mente 300 colaborado­res, só em Portugal. Mas são números à beira de uma explosão.

“Ainda durante o presente ano, planeamos abrir mais 15 lojas em território nacional e prevemos um aumento da nossa equipa através da contrataçã­o de cerca de 50 novos colaborado­res. Em relação à expansão internacio­nal, está prevista a abertura de 15 novas lojas, tanto na Bélgica como em França. Em termos globais, contamos chegar ao fim do ano com cerca de 100 lojas e cerca de 500 colaborado­res”, sintetiza Nuno Borges, CEO e fundador da marca, agora integrada no universo Sonae.

Por enquanto, o forte da atividade da empresa continua a ser Portugal. “Ainda que tenhamos expandido para o exterior, onde contamos atualmente com 11 lojas, essa presença internacio­nal encontra-se em fase de cresciment­o. Mas Portugal continua a ser a geografia mais relevante e estratégic­a da empresa.”

Com os pés assentes no país de origem, Nuno Borges admite que “o principal objetivo [da empresa] é consolidar a presença e as lojas do estrangeir­o e trabalhar a credibilid­ade e a visibilida­de da marca lá fora”. Será esse o motor para o cresciment­o do negócio.

“O facto de estarmos presentes em três localizaçõ­es para além de Portugal – em Espanha (quatro lojas), em França e na Bélgica –, tem-nos permitido alcançar novos públicos e avaliar os níveis de recetivida­de da nossa marca em diferentes contextos e cenários culturais. No entanto, essa expansão também traz desafios, sendo o principal tentar manter a identidade da iServi

ces ao mesmo tempo que internacio­nalizamos a empresa.”

O critério de escolha dos destinos tem recaído sobre locais onde a empresa considera haver “viabilidad­e de mercado” e “localizaçõ­es pouco saturadas”. A entrada noutros países irá depender das “oportunida­des e das necessidad­e do mercado”.

Apesar da passagem para a Sonae, o gestor garante que a identidade da marca “está inalterada” e até reforça: “A equipa, composta

Marca faz cerca de 35 mil reparações por mês e comerciali­za mais de 6000 smartphone­s recondicio­nados.

atualmente por cerca de 315 colaborado­res, permanece fundamenta­lmente a mesma desde a sua origem, apenas com a adição das equipas das novas lojas. A equipa responsáve­l pela gestão diária da empresa é a mesma de sempre e com a devida autonomia na definição da estratégia que se mantém fiel aos valores da origem da empresa.”

Uma das vantagens do novo acionista acabou por refletir-se – diz o administra­dor – “no aumento exponencia­l do número de lojas: durante os primeiros nove anos da empresa, abrimos cerca de 20 lojas. Esse número triplicou nos últimos quatro anos”.

A marca especializ­ou-se na reparação de telemóveis, tablets e computador­es, mas também vende recondicio­nados e produtos de marca própria.

“Em relação à reparação, a principal

evolução que se tem verificado tem sido relativa à diversific­ação das marcas atendidas”, conta o gestor. “Com a constante entrada e saída de marcas no mercado, a nossa equipa técnica vê-se obrigada a manter-se em constante adaptação, de modo a garantir que estamos preparados para reparar todos os equipament­os, independen­temente da marca.”

Na prática, explica Nuno Borges que “o foco continua a ser a rapidez e a qualidade. Desde o início do projeto, há 13 anos, mantemos o compromiss­o de reparar smartphone­s em 20 a 30 minutos e fazemos questão de continuar a honrar esse conceito”.

Como prova da velocidade, pormenoriz­a: “Se, há dez anos, reparávamo­s algumas dezenas de equipament­os por semana, atualmente, reparamos algumas dezenas de milhares, com a prioridade de manter o mesmo critério e padrão de excelência a que habituámos os nossos clientes.”

Sobre volume do investimen­to inerente à expansão da marca, o gestor prefere apenas dizer que o valor se enquadra na “dezena de milhões de euros”. E quanto ao volume de faturação, tem tido “uma percentage­m de acréscimo sempre superior a dois dígitos por ano, em todas as nossas áreas de negócio”.

Mas, no meio das ordens de grandeza genéricas, também há contas certas: “Fazemos cerca de 35 mil reparações por mês; comerciali­zamos mais de 6000 smartphone­s recondicio­nados, sobretudo modelos iPhone, Samsung, Apple Watches, Macbooks e iPads; e vendemos, mensalment­e, uma média que já é superior a 43 mil artigos da nossa marca própria iS”.

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FOTO: GERARDO SANTOS/GLOBAL IMAGENS Nuno Borges, CEO e fundador da iServices, marca que já está em Espanha, França e na Bélgica.

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