Diário de Notícias - Dinheiro Vivo
Ricoh quer chegar aos 100 milhões de euros de faturação
Empresa aposta no work place experience, na automatização de processos, na cloud e em cibersegurança.
Numa altura em que a Ricoh comemora 30 anos de existência em Portugal – a companhia nasceu no Japão em 1936 –, Miquel Soler, diretor-geral da Ricoh Portugal, revelou que se registaram os melhores resultados de sempre. No conjunto das três empresas que detêm em Portugal, a Ricoh faturou 60 milhões de euros (de um total global mundial de 15 mil milhões de dólares), com o responsável máximo a anunciar ao Dinheiro Vivo que o objetivo é aumentar esse valor para 100 milhões de anos. Em dois a três anos.
A empresa regista atualmente cerca de 5 a 6% de crescimento no mercado nacional, tendo inclusive aumentado a equipa que totaliza hoje 150 pessoas.
Tudo começou em 2019, quando a Ricoh começou a adquirir empresas em Portugal. Na altura faturava cerca de 15 milhões de euros. Um valor que, agora, subiu para 60 milhões. “O mercado está a crescer, temos bons ativos, temos pessoas muito competentes em Portugal, e estamos ligados às outras capacidades que temos na Europa, que nos ajuda a servir clientes portugueses fora de Portugal”, afirma convicto Miquel Soler.
A impressão é a área tradicional da empresa e onde o negócio está relativamente estagnado – a Ricoh
“O mercado está a crescer, temos bons ativos, temos pessoas muito competentes em Portugal.”
afirma ser a quarta ou quinta marca em Portugal e revela ambições de subir mais alguns lugares no ranking. A par disso, a empresa atua também no chamado work place experience e ainda no process automation, que consiste na gestão documental. Uma quarta área incide nas infraestruturas críticas e na cloud – onde a empresa aposta forte na cibersegurança.
Miquel Soler afirma que quer crescer em todas as áreas de negócios e, para isso, estão a investir quer no marketing quer na equipa comercial. A cibersegurança destaca-se mesmo porque, como refere o responsável, hoje não se vende nenhum sistema de TI (Tecnologias de Informação) sem pensar na sua proteção. A par disso, há cada vez mais empresas a direcionarem-se para a cloud. São “duas áreas fortes” e com grande potencial de crescimento.
Assumindo-se como estando num processo de transformação para se tornar, cada vez mais, uma empresa prestadora de serviços digitais, a Ricoh, nas palavras do gestor, quer ajudar os clientes a automatizar e digitalizar processos (e onde a inteligência artificial tem um papel importante na gestão documental). A par disso, a empresa quer expandir a sua área de serviços de comunicação, sendo que se assume como “líder na meeting room da Microsoft na Europa”. Quanto a Portugal, “vamos reforçar esta aposta”.
A área da cibersegurança é tão importante que a empresa tem vindo a adquirir empresas de TI com capacidade na matéria – segundo Miquel Soler ,“toda a nossa atividade de cibersegurança, na Europa, ronda os 100 milhões de euros”. A ideia é integrar todas as empresas e dar uma “capacidade integrada à Europa”.
Portugal não fica de fora do “cesto de compras” da Ricoh. Como refere Miquel Soler, quando “comprámos Totalstor e especialmente a Pamafe IT”, esta última “tinha uma divisão de cibersegurança”. Para Portugal não estão previstas novas compras este ano. “A não ser que encontremos um ativo muito interessante, não só para Portugal, mas também para a Ricoh Europe e Ricoh Japan”.